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O que rolou no último dia do Minas Trend

Patrícia Motta


A designer Patrícia Motta leva o couro para outros patamares. Ele aparece liso e bem cortado, com textura em aplicações, com estampa e até como franja. Tudo dialogando com a pegada rocker. São calças skinnys, jaquetas perfecto e microvestidos. A silhueta é seca. A estilista colocou couro preto, dourado, prata, rosa e azul. E contrapôs o couro com detalhes de pele. Os cabelos são lisos, levemente bagunçados, com um charmoso topete atrás. Bem rock anos 1970 e 1980.

Alessa

O desfile da Alessa foi bem Alessa. Em sua passarelas apareceram vestidos longos e estampados. Padronagens psicodélicas com toques de verde, rosa, amarelo e azul. A estilista misturou seda com tecidos delicados plissados. Ora apareceram longos e secos, ora bem soltos e fluidos. Em algumas ocasiões, as cinturas foram amarradas com grandes cintos de couro, outras vezes com delicados cintos.

Camila Klein


A jovem designer Camila Klein fez um desfile inspirado no ícone fashion Loulou De La Falaise, a musa inspiradora de Yves Saint Laurent. Foi uma mistura de peças com inspiração em Art Déco, com cartela de cores do Art Noveau. Ela inovou nos materiais e fez banhos nas peças de grafite e usou novos materiais, como camurça e pérolas coloridas. Camila fugiu da zona de conforto e o resultado foi muito rico. São bijuterias com cara de joias e uma delicadeza deliciosa de se ver.

Chicletes com Guaraná


A marca mineira propôs uma mulher com a silhueta e os dramas dos anos 1940. O desfile começou uma uma série de vestidos e trench coats em cinza com um estampa que se assemelhava a um tweed. As peças eram pesadas, com babados grosseiros e com a barra do vestido batendo nos joelhos das modelos. O clima foi suavizado bruscamente até aparecerem vestidos delicados. A estampa floral com detalhes em roxo veio compor as peças românticas. Vestidos com cintura marcada e volume nas saias. O desfile terminou com vestidos bem anos 1940, com seios marcados e volume na cintura. Tudo feito com um veludo estampados com tonalidade de preto, roxo e marrom.

Uma


A mulher Uma é elegante, clássica e moderna ao mesmo tempo. A marca propôs peças em alfaiataria, mas com detalhes que transformavam as roupas simples em charmosas: uma camisa de algodão com uma gola diferente, uma calça de cintura alta com um cós elaborado e um vestido anos 1960 com um tecido rígido. A tonalidade da coleção era preta com pequenos toques de cor: às vezes verde, às vezes vermelho. O segredo é ter uma silhueta seca, sem muita firula.

Neon


A coleção pré inverno da Neon é uma ode aos quase 10 anos da marca. A dupla Dudu Bertholini e Rita Camarato reeditou estampas e a modelagem de maior sucesso dessa última década. A paleta de cor dominante foi preto, branco e vermelho. Aos poucos, tons como rosa, verde e azul foram adicionadas à mistura. A inspiração eram anos 1970. Calças de cintura alta com pernas amplas, túnicas africanas, blusões de algodão. Quando a estampa ou a cor era escandalosa, a dupla colocou acessórios enormes. Tudo divertido, alegre e estampado como a Neon.