A velha e boa mala acumulando poeira no alto do armário já esteve na praia, nas montanhas, na cidade grande, na casa de campo. Desfilou pelas esteiras de aeroportos, sacudiu no bagageiro do trem e, por horas, aguentou a estrada de terra dentro do porta-malas. Mas esse passado de supercompanheira de viagens não a exime de ter sido tão ;sem alça; em diversas ocasiões: certa vez pareceu pequena demais, depois grande demais, pesada demais, ruim de carregar, pouco prática. Também quebrou a rodinha e empacou o zíper. Enfim, é hora de adquirir outra, mas, dada a profusão de modelos e preços, qual?
A resposta, porém, não é certeira. Para André Von Ah, diretor da empresa de malas que inventou as rodinhas que giram 360 graus, a tendência mundial são bagagens cada vez menores, não só por pressão das companhias aéreas, mas também por interesse do público americano, europeu e asiático, que quer malas práticas que não precisem ser despachadas. Na contramão dessa preferência estão os brasileiros, que sempre preferem as malas maiores. ;Por aqui, os clientes têm a sensação de que quanto maior a mala comprada, melhor é o negócio. Mas esquecem que mala grande colabora para que você leve e traga um monte de coisas desnecessárias. Acaba virando um transtorno. Especialmente nas viagens internacionais;, analisa André.
;A mala ideal varia conforme o tipo de viagem, mas quanto menor melhor. Se não conseguir viajar com uma pequena, fique com a média e evite sempre que possível as grandes ;, afirma a personal organizer Juliana Drummond , da Order Home ; soluções em organização. ;Antes de pensar na mala que você quer, tem que decidir o que você vai levar e como você vai levar certas coisas. Com organização, dá até para fazer uma viagem usando uma mochila, numa boa, sem passar apertos;, indica a especialista.
Dona de muitos carimbos no passaporte, a empresária Virgínia Prieto tem uma considerável coleção de malas. São frasqueiras, malas de plástico, de couro ; todas encostadas. Seu xodó é uma de tecido vermelho, tamanho médio. ;Serve para quase todo tipo de viagem;, explica. Vale lembrar que Virgínia é do tipo que aproveita a viagem para brincar com o estilo: gosta de levar opções bacanas e variadas de roupas e acessórios. Ou seja, não é a ausência de um malão que a impedirá de se produzir.
Leia a íntegra desta matéria na edição 288 da Revista do Correio Braziliense