Até poucos anos atrás, os mais variados designs de cadeira ocupavam, excessivamente, as páginas das revistas de arquitetura. Não era para menos. Complexo exercício para qualquer designer, a criação de uma cadeira deve considerar desde o ponto de vista ergométrico ao tipo de material. Hoje, o xodó dos criadores é outro. Uma mobília que nunca teve tanta pompa e só era convocada para entrar em campo quando faltavam cadeiras. Com vocês, o banquinho, que até de papelão pode ser feito.
Inspiradas pelo conceito de sustentabilidade, as empresárias Paula Konka e Natália Quirino trouxeram para Brasília bancos e outros móveis fáceis de montar, duráveis e de baixo custo. O banquinho de papelão criado pela empresa 100;t suporta mais de 100kg e ainda pode ser customizado (tinta, tecido, adesivo) ao gosto do freguês. ;O melhor é pensar que na hora em que você fizer a mudança de casa, basta dobrá-lo e carregá-lo embaixo do braço;, conta Paula.
Outro materiais como madeira, couro, cerâmica, veludo, com perna, sem perna ampliam o vocabulário extenso dos bancos. A cada dia, vemos novos modelos nas vitrines. Segundo o arquiteto Ralph Gehre, essa convergência de interesses explicaria a escalada do banquinho: de coadjuvante para peça de design de interior do ano. No espaço expositivo Casa da Casa, na praça central do shopping Casa Park, Ralph mostra quais significados um banco pode despertar em 12 ambientes de um espaço de 80m;. Democrático e acessível, o móvel é mesa de centro, peça de design, aparador de livros, de drinks e o que mais sua imaginação e a necessidade mandar. ;Ele é novo desejo de consumo. Curinga para o designer e para o ambiente;, avisa o arquiteto.
Dica do especialista
;O banco está para o ambiente como a gravata para o terno. Ele é a chance de ultrapassar o limite do razoável, de tornar algo mais ousado. E não precisa combiná-lo com nada que não seja o seu uso. Por isso, não recomendo rigor na escolha de um banco para sua casa.;
(Ralph Gehre)