Revista

Puxe o seu banquinho

Eternos coadjuvantes na decoração, os bancos ganharam espaço e, muitas vezes, são a estrela do ambiente

postado em 10/06/2011 11:56

Ambientes da exposição Casa da Casa

Até poucos anos atrás, os mais variados designs de cadeira ocupavam, excessivamente, as páginas das revistas de arquitetura. Não era para menos. Complexo exercício para qualquer designer, a criação de uma cadeira deve considerar desde o ponto de vista ergométrico ao tipo de material. Hoje, o xodó dos criadores é outro. Uma mobília que nunca teve tanta pompa e só era convocada para entrar em campo quando faltavam cadeiras. Com vocês, o banquinho, que até de papelão pode ser feito.

Inspiradas pelo conceito de sustentabilidade, as empresárias Paula Konka e Natália Quirino trouxeram para Brasília bancos e outros móveis fáceis de montar, duráveis e de baixo custo. O banquinho de papelão criado pela empresa 100;t suporta mais de 100kg e ainda pode ser customizado (tinta, tecido, adesivo) ao gosto do freguês. ;O melhor é pensar que na hora em que você fizer a mudança de casa, basta dobrá-lo e carregá-lo embaixo do braço;, conta Paula.

Outro materiais como madeira, couro, cerâmica, veludo, com perna, sem perna ampliam o vocabulário extenso dos bancos. A cada dia, vemos novos modelos nas vitrines. Segundo o arquiteto Ralph Gehre, essa convergência de interesses explicaria a escalada do banquinho: de coadjuvante para peça de design de interior do ano. No espaço expositivo Casa da Casa, na praça central do shopping Casa Park, Ralph mostra quais significados um banco pode despertar em 12 ambientes de um espaço de 80m;. Democrático e acessível, o móvel é mesa de centro, peça de design, aparador de livros, de drinks e o que mais sua imaginação e a necessidade mandar. ;Ele é novo desejo de consumo. Curinga para o designer e para o ambiente;, avisa o arquiteto.

Dica do especialista
;O banco está para o ambiente como a gravata para o terno. Ele é a chance de ultrapassar o limite do razoável, de tornar algo mais ousado. E não precisa combiná-lo com nada que não seja o seu uso. Por isso, não recomendo rigor na escolha de um banco para sua casa.;

(Ralph Gehre)

Bancos Rolha, da loja Líder; Quito, design de Julia Krantz, para a loja Hill House; Pino, em laca vermelha brilhante, da loja Líder

Bancos Kinkan Roxo, Ceni Azul e Chandoba, todos da loja Etna

Bancos de papelão da 100't, em suas versões natural e costumizada

Bancos de cerâmica criado pela artista plástica Cris Conde e de madeira, da Tok & Stok (vermelho)

Banqueta Brasília, da loja German; banco Cesto Quadrado Aquiles de eucalipto, da loja Etna; banco Flexus, design de Pedro Useche, loja Hill House

Banquetas de madeira, da loja Sierra by Mainline e bancos Sônia, design de Sérgio Rodrigues, na loja Hill House

Banquinhos Nuvem, de pinus natural e lã, design da Studio Habitart, loja D%u2019core e bancos Recycled de madeira de demolição, design de Flávia Antoniolli, na loja D%u2019core

Banquetas Valentim, Design de Tunico Lages, loja D'core

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação