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Sono: um bem escasso

Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividades

postado em 05/08/2011 16:56

No meio acadêmico, sabe-se que Albert Einstein (1879-1955) dormia em média 10 horas por noite. A lenda vai além: quando o físico sabia que teria um dia cheio pela frente, adicionava mais uma horinha à escala de sono. Mas e se Einstein tivesse nascido em pleno século 21? Será que a tevê a cabo, os tablets, as redes sociais, os sites, os chats, os smartphones, os vídeo games e todos os demais compromissos da vida moderna permitiriam esse luxuoso tempo de descanso absoluto? E se Einstein, como a maioria da população, não tivesse mais que meia dúzia de horas de sono corrido? Ainda seria um gênio?

A ciência não possui elementos para avaliar o que seria do cientista alemão após noites em branco, dada a relatividade da suposição ; sem trocadilhos com sua famosa teoria. Contudo, há evidências amplas de que a qualidade do sono está intrinsecamente ligada à a saúde, à qualidade de vida e à capacidade de cognição do indivíduo. Tal correlação, em tempos de privação de sono generalizada, afeta brutalmente a sociedade. Uma noite mal dormida vai muito além de um rosto cansado, de olhos inchados e de pele sem vida, podendo levar a pessoa a problemas sérios, como hipertensão, impotência sexual, diabetes ou mesmo um AVC. Segundo dados da Sociedade Brasileira do Sono, um em cada três brasileiros tem dificuldade para dormir. O assunto é tão preocupante que o Conselho Federal de Medicina reconheceu, esta semana, a área do sono como uma especialidade médica.

;É um mal da modernidade. Antes, a programação da televisão acabava cedo. Depois do Corujão, você ligava a tevê e era só estática. Então, todo mundo dormia mais cedo. Hoje, você pode estar perfeitamente entretido durante toda a madrugada. Com a televisão, que não para, e com a internet ; e assim fazemos uma restrição de sono crônica. Não é que as oito horas sejam obrigatórias. Cada pessoa funciona de uma maneira. Mas esse, em geral é um número que funcionaria bem para todo mundo;, explica o neurocientista Fernando Louzada, em entrevista ao Correio durante o 7; Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções.

;Eu diria que dormir menos de sete horas por noite é uma irresponsabilidade. O problema é que todos estão sempre ocupados, e o sono é uma das primeiras coisas a ser sacrificada quando sentimos que não há horas suficientes no dia. Ironicamente, nós seríamos muito mais produtivos se estivéssemos bem descansados;, afirmou à Revista o psicólogo James B. Maas, professor da Cornell University e autor de diversos best-sellers que relacionam o bom sono ao sucesso profissional. No obscuro reino de Morfeu, descobrimos, por que afinal, dormir é tão importante. Mantenha-se desperto, leia e descubra.

No reino de Morfeu
Existem vários mitos ligados ao sono. O primeiro deles é a ideia de que seria um desperdício passar 1/3 da própria vida dormindo, inativo. Em primeiro lugar, para se viver plenamente a vida, como ensina James B. Maas, é necessário que o tempo de sono seja religiosamente respeitado. É preciso avaliar se as horas que você dedica ao sono são suficientes para seu organismo descansar (responda ao teste da próxima página). Outra lenda é relacionar o sono à inatividade. Quando deitamos a cabeça no travesseiro e conseguimos entrar no primeiro estágio do sono, o cérebro se mantém, por vezes, mais ativo do que quando estamos acordados. Nesse estado, ele exerce um papel dramático na manutenção e regulação cardiovascular, gastrointestinal e imunológica. ;Quando ;adormecido;, ele também facilita processos mentais como aprendizagem, memória, criatividade e resolução de problemas;, exemplifica o especialista.

O neurologista Walter Teixeira, da Clínica de Pneumologia e Distúrbios do Sono (Clinar), de Brasília, explica que o sono é dividido em cinco estágios. Ao dormir, a pessoa entra no chamado estágio 1. Trata-se de um sono muito leve, no qual o corpo já está em um estado considerável de repouso. Os músculos relaxam e a respiração diminuiu seu ritmo. A transição para o estágio 2 se dá em alguns minutos, que é quando alguns pesquisadores acreditam começar o sono real. ;É comum que, nessa transição, você acorde momentaneamente com aquela sensação de queda;, diz B. Maas. Essa fase dura de dez a vinte minutos e é marcada por intensa atividade cerebral e total quebra de vínculo com o ambiente externo.

Na terceira fase, que dura em média 30 minutos, as ondas cerebrais ficam mais lentas, até a chegada da fase 4 (alguns estudos consideram a quarta fase como uma extensão da terceira), na qual o sono é extremamente profundo. A pressão arterial caí, o fluxo sanguíneo diminui e a respiração fica lenta. Apesar desse aparente marasmo, é nessa fase, que dura até 40 minutos, que muitos hormônios encontram seus picos produtivos, como por exemplo, o chamado hormônio do crescimento (GH), secretado pela glândula pituitária (daí a importância de uma excelente noite de sono para crianças e adolescentes). ;É o mais próximo que os seres humanos chegam da hibernação. É um estágio no qual, se acordado, você se sentirá grogue, desorientado;, diz Maas.

Depois desse estágio, explica o psicólogo, você retorna ao 3, e depois ao 2. Já se vão 90 minutos de sono. De repente, o sistema nervoso simpático fica mais e mais ativo, assim como a pressão, a respiração e a circulação sanguínea. Os olhos, ainda fechados, mexem-se rapidamente e você entra na famosa fase REM (Rapid Eye Moviment). Mesmo com cérebro completamente ativado, os músculos relaxam e param de se mexer, fenômeno conhecido por paralisia do sono. É aí que você começa a sonhar (e é por causa dessa paralisia que você não reproduz os movimentos que ;executa; nos sonhos). O ideal é que você atinja o estado REM de quatro a cinco vezes por noite, o que exigiria de 7 a 8 horas de sono diários. A duração desse estágio aumenta a cada nova passagem por ele. Nos bebês, o REM representa até 80% do tempo dormindo. Nos adultos, algo em torno de 20%. Entendido como funciona o sono, é hora de desvendar como ele afeta a vida quando estamos acordados.


Noites em branco
Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividadesEm plena madrugada de quinta-feria, Eduardo (nome fictício), 20 anos, está em um chat de um grande portal de internet. Ele divide uma sala virtual com 14 internautas de mesma faixa-etária. O estudante de direito não está atrás de jogos ou pornografia, mas desenvolveu uma compulsão pela interação em redes sociais e blogs. Dentro de um par de horas, ele será obrigado a se desconectar e rumar para o estágio. ;Sei que eu não deveria ficar aqui enrolando. Às vezes, não tem simplesmente nada acontecendo on-line. Mesmo assim, eu reluto em ir deitar. Aí entro em chats e fico procurando alguém para ;zoar;, bater-papo, sei lá;, confessa. O jovem não quis revelar o nome. ;Pode pegar mal profissionalmente. Vão pensar que estou fazendo coisa errada;, justifica.

Eduardo é um caso clássico de privação voluntária de sono. Seus parcos cochilos noturnos se refletem em dias pouco produtivos. E o mais preocupante é que esse não é um comportamento isolado: milhares de pessoas trocam os sonhos pela navegação na web. Os demais visitantes do tal chat frequentado pelo estudante tinham histórias similares. Uns afirmaram à reportagem que não precisam de mais de 5 horas de sono, outros contam com o privilégio de acordar ;perto da hora do almoço;, a maioria se desligou do chat ao ser convidada para uma rápida entrevista. ;A internet tem aumentado o número de adolescentes e crianças que invertem o padrão. É preocupante porque elas desenvolvem uma péssima higiene do sono. Você tem a web, a televisão e o celular que não para de tocar. E essa privação vira um fator de risco, que favorece diversas doenças ligadas à ansiedade, por exemplo;, afirma o neurologista Wagner Teixeira.

Alguns estudos afirmam que ficar no computador à noite é até mais nocivo à saúde do que beber e fumar. A Unicamp avaliou 710 universitários e concluiu que, para cada 10 que usam o equipamento à noite, sete enfrentam problemas de sono. O estudo aponta ainda que o uso de computador é mais perigoso do que o de televisão. Entre os entrevistados, 73,3% dos que usam o PC dormem mal, contra 59,7% dos que assistem tevê.

Há também as pessoas que vivem a privação de sono de maneira não voluntária. A artesã Miraci Oliveira, 58, afirma que não sabe o que é uma verdadeira noite de descanso há pelo menos quatro anos. A insônia começou quando sua primogênita teve um problema sério de saúde, e se agravou quando sua caçula também adoeceu. ;Dormia muito bem, mas depois desses sustos, simplesmente desaprendi a relaxar. Deito a cabeça na cama e são tantos pensamentos, tantas preocupações, que afasto o sono. Acabo indo fazer alguma coisa para distrair, fazer algum trabalho manual, arrumar uma gaveta, ler a Bíblia ou assistir à tevê;, conta. Segundo Miraci, em uma ;noite boa;, dorme no máximo quatro horas seguidas.

O quadro da artesã não teve melhora significativa com o uso de remédios. ;Acho que a diferença é que, depois da medicação, não me sinto tão indisposta durante o dia. Tenho mais energia agora;, afirma. Para Miraci, o rendimento no trabalho só não diminuiu porque, como passa mais tempo acordada, acaba trabalhando mais, para distrair a cabeça. ;Mas a sonolência durante o dia ainda aparece. É uma pena mesmo. Se eu pudesse, dormiria a noite toda. A gente só dá valor a essas coisas depois que as perde;, lamenta.

E durma-se com um barulho desses;
Quem dorme bem vive mais. O argumento já seria suficientemente forte para convencer boa parte da população de que vale a pena fechar o computador, desligar a tevê e ir para a cama mais cedo. Diversos estudos apontam tal relação. De acordo com pesquisadores italianos da Universidade de Medicina Frederico II e da Universidade de Warwick, a privação de sono está ligada à morte prematura. Ao analisar o prontuário de mais de 1,5 milhão de pessoas, concluíram que quem dorme menos de seis horas diárias tem 12% mais chances de morrer antes de alcançar a terceira idade do que os dorminhocos. A insônia, dizem os médicos, caminha ao lado de doenças do coração, obesidade, hipertensão e diabetes do tipo 2.

Os cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, chegaram a conclusões ainda mais alarmantes após estudarem 5 mil pacientes ao longo de 12 anos. Eles concluíram que quem dorme menos de sete horas por noite tem o dobro de chances de morrer ; em comparação com quem dorme entre sete a 10 horas. A publicação Sleep, uma revista especializada que trata do tema, chegou a publicar um artigo afirmando que dormir 10 horas por noite aumentaria s chances de soprar as velinhas no aniversário de 100 anos de idade.

Mas, veja bem: para alguns cientistas, dormir demais pode ser tão ou ainda mais nocivo do que ter o sono privado. Os mesmo pesquisadores italianos que defendem mais de seis horas de sono, também avisam que quem dorme mais de nove horas por dia tem mais que o dobro de chances de morrer do que os insones. A questão é que todos precisam de um tempo mínimo de sono, que varia conforme a necessidade de cada um.

É quando dormimos que o corpo restaura as energias físicas e mentais gastas ao longo do dia. ;Um sono desregulado acaba provocando o mau funcionamento de diversas funções do corpo;, afirma o neurologista Fernando Louzada. Por exemplo, quem dorme mal tem grandes chances de inibir a produção natural de insulina, o que eleva o nível de cortisol no sangue, aumentando os riscos de diabetes. Os insones tendem ainda a apresentar uma maior concentração de adrenalina no sangue ; uma verdadeira bomba para o organismo, capaz de detonar um quadro de hipertensão.

É bom lembrar, perante a medicina, a qualidade do descanso é uma via de mão dupla. ;Não só a falta de sono pode trazer problemas, como ele também é um sinalizador de que o corpo está com problemas, refletidos na qualidade do sono;, enfatiza Louzada.

Não canse a sua beleza
Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividadesAlém dos benefícios que uma boa noite de sono pode trazer à saúde, dormir bem já é considerado, para o meio científico, como uma espécie de elixir de beleza e juventude, além de auxiliar na manutenção do peso.

Segundo a biomédica Mônica Levy Andersen, pesquisadora do Instituto do Sono de São Paulo e professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a privação do sono induz a produção de hormônios do estresse no corpo ; verdadeiros inimigos de uma beleza saudável. Segundo a especialista, tais hormônios provocam vasoconstrição, resultando em um rosto pálido, com olheiras e aparência cansada. Além disso, a baixa secreção do já citado hormônio do crescimento (GH) afeta a regeneração celular e o tônus muscular. Ou seja, dormir pouco também acelera o processo de envelhecimento da pele e dos músculos.

Os efeitos são visíveis a olho nu, como afirma uma pesquisa realizada na Suécia e divulgada pelo British medical journal. Os estudiosos suecos concluíram que pessoas que dormem bem são fisicamente mais atraentes. O trabalho consistiu na análise de fotos de pessoas em duas situações. Uma imagem as retratava devidamente descansadas. Na segunda, estavam acordadas há 31 horas. O resultado foi óbvio: pessoas descansadas são consideradas mais bonitas.

Do ponto de vista nutricional, uma surpresa: hoje, sabe-se que a falta de sono está relacionada ao desejo por alimentos hipercalóricos. A revelação foi feita pela escola de Medicina de Harvard, em parceria com o McLean Hospital, nos EUA. Segundo os médicos, quem sente sonolência durante o dia tem uma diminuição de atividade na região do córtex pré-frontal, que inibe o comportamento guloso e impulsivo. Além disso, para o sonolento, um alimento rico em gordura parece muito mais atraente do que uma fruta, ou qualquer outra comida mais saudável.

A privação de sono também desacelera o metabolismo e, consequentemente, a queima de gorduras. Quem sabe bem disso é a atriz espanhola Penélope Cruz. Ícone de beleza, Penélope afirmou para uma revista de beleza que, para se sentir bonita, precisa de pelo menos 12 horas de repouso por dia. Caso contrário, fica com a pele sem vida, olheiras e sente-se inchada. Outras famosas seguem os conselhos médicos da beleza descansada. Veja a seguir.

Lindas e dorminhocas
Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividades

Quando a saúde emite sinais
Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividadesExistem mais de 70 doenças ligadas ao sono, contabiliza Ronaldo Gomes de Almeida, pneumologista especializado em medicina do sono. Tais distúrbios se dividem em neurológicos e respiratórios. ;Os respiratórios correspondem a uma média de 60% dos casos. É um assunto muito sério. Cerca de 14% da população sofrem com ronco e apneia do sono, que é o problema que mais vemos aqui no consultório;, explica o médico, atuante na Clinar.

A apneia, que consiste em uma séries de paradas respiratórias enquanto o indivíduo dorme, causadas pelo afrouxamento dos músculos da orofaringe, é um problema mais comum entre homens adultos, especialmente os obesos. ;As consequências são terríveis, pois a apneia do sono eleva significantemente o risco de doenças sérias: morte súbita, arritmias graves, infarto do miocárdio, hipertensão arterial, AVC. Como o tratamento cirúrgico está restrito a pacientes jovens, é mais comum controlar o mal com uso de uma máquina chamada cpap. Trata-se de uma máscara de uso noturno que libera pressão positiva nas vias aéreas superiores. A engenhoca custa cerca de R$ 3 mil.

O economista e funcionário público José Carlos Carreira, 58 anos, atrapalhava o sono da mulher até 2 anos atrás. O ronco alto e as constantes paradas respiratórias deixavam a aposentada Elizabeth Santos, 55, atormentada. ;Eu morria de medo de ele morrer enquanto dormia. Fora que o barulho do ronco era tão alto que ficava difícil pegar no sono.; A mulher convenceu José Carlos a procurar um médico do sono, em 2003. ;Passei a noite sendo monitorado em um laboratório, com fios grudados em toda a minha cabeça e tórax;, lembra José. O diagnóstico apontou que a cada hora de sono, o economista tinha uma média de 32 paradas respiratórias. Diagnosticada a apneia, os médicos indicaram o uso do cpap. ;Era muito caro na época e achei que jamais me adaptaria àquela máscara. Então acabei desistindo do tratamento;, conta. Oito anos depois, José Carlos começou a sentir que seu sono estava cada vez menos restaurador. Passava o dia muito cansado, com sonolência e seu rendimento profissional começou a ser afetado.

Mais uma vez dormiu em um laboratório. ;O médico olhou o laudo e disse que não sabia como eu ainda estava vivo. Eu havia passado para quase 80 paradas respiratórias por hora;, recorda. Assustado, José Carlos se rendeu ao aparelho. Na primeira noite de uso, a sensação de estranhamento ao dormir com a máscara não durou nem 5 minutos. ;Dormi tão bem, tão profundamente;, recorda. ;Ele nunca mais roncou;, elogia a mulher. Hoje, o cpap virou integrante da família. Se José vai viajar, o equipamento é o primeiro item a entrar na mala. ;Tem que perder certos preconceitos. A máscara a gente acostuma a usar. Mas a dormir mal, não;, ensina.

O problema não é exclusividade dos adultos. O pneumologista Ronaldo Gomes de Almeida conta que o caso mais grave que já apareceu no seu consultório foi o de um bebê de 3 meses de vida. ;A mãe sentou na minha frente e me disse que só eu poderia salvar a família. Ela, que era enfermeira de UTI pré-natal, já não sabia mais como lidar com o bebê. Me disse que, desde o nascimento da filha, ela e o marido não dormiam, pois a menina começava a pegar no sono, e começava a ficar roxa. A mãe me contou que teve noites em que teve que reanimar a filha com massagem cardíaca por mais de seis vezes;, relembra Ronaldo. Ao fazerem o exame, descobriram que a menina tinha até 115 apneias por hora de sono (quando o normal, para um bebê, é de no máximo 12). ;Era um caso gravíssimo. Posteriormente, descobrimos que a apneia estava ligada a um quadro de refluxo severo, e a menina se curou com procedimentos simples, tomando um remedinho diariamente por um tempo determinado e dormindo com a cabeceira do berço elevada;, completa.
Se você permitir, suas horas de descanso serão tragadas pelas tarefas cotidianas. Mas isso é um veneno para o corpo, alertam especialistas. Saiba administrar o repouso tão bem quanto suas atividades

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