Com uma câmera na mão, a estudante Jéssica Alencar, 17 anos, entra no curioso universo da história. Volta a 1946 para contar o caso de Raymond Maufrais, explorador e fotógrafo francês que se aventurou pelo Mato Grosso e pela Guiana, e nunca mais foi encontrado. ;Me identifiquei com ele. Raymond era supercurioso, nunca estava satisfeito e se dedicava ao máximo em tudo que fazia. Demorei três meses para fazer o roteiro: transformei a história, que era em formato de diário, em documentário com ficção, que tem uma linguagem mais jovem;, conta uma das mais pródigas jovens cineastas de Brasília.
Jéssica apresentou o texto à Embaixada da França e conseguiu financiamento para filmar o roteiro. Em abril, começam as gravações. ;Vamos gravar aqui no Brasil, na Guiana e na França;, conta, animada. Além de ter escrito o roteiro, Jéssica vai dirigir e atuar. A edição do longa-metragem será feita na França. ;Estou muito feliz. As pessoas da minha idade, geralmente, não sabem o que querem fazer quando crescerem, mas eu tenho certeza que quero trabalhar com cinema.;
O despertar de uma vocação, como a de Jéssica, é, na verdade, um processo. Depende do apoio dos pais, dos professores e de outros profissionais, que têm o poder de reconhecer e de estimular a criatividade e, quem sabe, um talento precoce. Nesta reportagem, contamos a história de crianças e adolescentes que, desde cedo, demonstraram interesse em enveredar pelas artes. Sem pressão, eles descobrem, aos poucos, que a expressão artística pode ser um dom, o resultado de um esforço ou simplesmente um hobby.
Pequenos cineastas
Uma das atividades artísticas que tem despertado o interesse dos mais jovens é o cinema. São crianças e adolescentes apaixonados pela sétima arte e que não se contentaram em assistir, passivos, aos filmes no cinema: quiseram fazer seus próprios experimentos e colocar na tela seus trabalhos. Imaginam as histórias, filmam, dirigem os atores (a família acaba interpretando alguns papéis) e editam o trabalho final.
Desde pequena, Jéssica Alencar, 17 anos, gosta de contar histórias. Costumava entreter os parentes e os amigos em festas de aniversário, encenando seus enredos preferidos com bonecas. Na escola, procura apresentar os trabalhos de forma diferente, foge dos convencionais seminários e, normalmente, faz um filme ou encena uma peça que explique a pesquisa.
Fazendo aulas de teatro, a estudante descobriu o projeto doc.criança, se apaixonou pelo que o cinema pode fazer para contar histórias, se tornou monitora e aprendeu um pouco mais sobre a área. A sétima arte se tornou sua paixão e, em um ano, já redigiu e gravou 30 documentários de cinco minutos de duração. ;Gosto muito de atuar, mas descobri que adoro dirigir meus filmes. No doc.criança, aprendi a fazer todas as partes de uma gravação;, explica a pequena cineasta. Agora, está empenhada num projeto maior: o filme sobre Raymond Maufrais.
A estudante explica que o apoio dos pais e de pessoas próximas foi essencial para chegar aonde está. ;Meu pai, por exemplo, me dá o maior apoio. Quando me dá presentes, sempre chega com um livro sobre um cineasta ou um filme clássico;, lembra. Outras figuras importantes para o sucesso da garota foram professoras de teatro e o cineasta Fernando Camargos, diretor do doc.criança. Jéssica leva os projetos ao Instituto Cervantes, onde faz documentários em espanhol, que são transmitidos em vários países pela TV Cervantes. Graças a eles, foi convidada para participar de um curso de cinema na Espanha quando se formar no ensino médio. ;Depois de gravar o filme, quero ir e aprender tudo o que puder antes de voltar ao Brasil. Não pretendo morar no exterior, quero voltar para cá e aplicar o que aprendi no cinema nacional, que ainda é muito fraco;, planeja.
Sétima arte
Dirigido pelo cineasta Fernando Camargos, o doc.criança ensina, há quatro anos, crianças e adolescentes de 9 a 19 anos a fazer cinema. Quem participa do projeto aprende a escrever um roteiro, produzir, atuar, dirigir e até editar seu filme ou documentário. ;Temos equipamentos de alta tecnologia, que filmam em alta definição, e os melhores programas de edição. E o curso é de graça, conseguimos bastante patrocínio;, explica Fernando. A procura é grande e os alunos que se destacam recebem a chance de ser monitores de novas turmas. O doc. ocorre, durante o ano letivo, no Centro Educacional Candanguinho (Cecan), no Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte, na Vargem Bonita e no Instituto Cervantes. Nas férias, são oferecidas três turmas: o doc.criança, para crianças de 9 a 13 anos, o doc.teen para quem tem até 17 anos, e o doc.universidade, para alunos até 19 anos. ;O próximo passo é criar um programa que vai ser chamar Escola Broadcast. O projeto funcionará em rede e os alunos poderão exibir os filmes e os documentários para outras pessoas.; Informações: 9637-6355.
À frente das câmeras
Rayssa Moraes, 14 anos, também está envolvida no projeto doc. A menina estuda em uma escola no Núcleo Rural Vargem Bonita e faz pequenos documentários, com outros alunos, sobre as visitas que a fazenda da Farmacotécnica recebe dentro do projeto Preservar. Estudantes das escolas do Distrito Federal e universitários vão ao local aprender sobre plantas medicinais ; do plantio ao processo industrial que as transforma em remédio ; e o doc.criança documenta cada passo dos visitantes. Rayssa entrou no doc. há dois meses por influência de Jéssica. ;Ela foi com o Fernando explicar o que era o doc.criança e contou do roteiro selecionado, de tudo o que fez e como o projeto é interessante. Me animei e entrei;, lembra.
A estudante está aprendendo a fazer tudo relacionado à produção de um filme, atua em todas as áreas, mas, diferentemente da maioria, prefere ficar na frente das câmeras. ;Acho ótimo apresentar os documentários e falar com as pessoas.; Rayssa pretende continuar no projeto, se tornar monitora das próximas turmas e continuar na área, aprendendo o que for possível. ;É um trabalho bem legal, me divirto muito quando fazemos as filmagens.;
Jovens talentos premiados
O que uma criança é capaz de fazer com uma câmera na mão? Essa foi a pergunta que inspirou o Festival Internacional Pequeno Cineasta, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 8 a 12 de novembro, e já parte para a sua segunda edição. Crianças e adolescentes de 8 a 17 anos do mundo inteiro puderam fazer suas inscrições e disputar vários prêmios. O objetivo do festival é oferecer uma oportunidade para os jovens cineastas de diferentes partes do mundo mostrar sua voz, proporcionando um espaço para discussões e troca de experiências. Um detalhe interessante é que o júri é composto por 10 crianças de diferentes classes sociais e de diversas partes do Rio de Janeiro, em conjunto com a coordenadora pedagógica do evento, Sância Velloso, e um convidado representante do mercado audiovisual. Os vídeos inscritos são divididos e concorrem em duas categorias: mostra competitiva nacional e mostra competitiva internacional, ambas divididas em filmes criados por crianças e por jovens. Além das mostras cinematográficas, haverá exposição de fotografias e mesas redondas.
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Talento vem do berço?
Não há consenso entre as respostas dos especialistas para tal pergunta. Mas em uma coisa eles concordam: o estímulo ainda na infância é fundamental para o desenvolvimento de alguma habilidade artística. ; A teoria mais aceita é que toda criança nasce com habilidade especial para as artes e, principalmente, para a música. O que acontece é que algumas são mais estimuladas que outras;, opina a psicóloga e pedagoga Penélope Ximenes. A psicóloga Stela Lobato, especialista em desenvolvimento de crianças de até três anos, concorda que o talento é algo subjetivo e que não aparece apenas em algumas pessoas. ;Acredito que qualquer criança pode desenvolver um talento se bem estimulada.; Elas explicam que a criança com até seis anos está neurologicamente sedenta por estímulos.
Enquanto bebês, já é possível detectar a habilidade da criança. Se ela fica muito tempo concentrada em uma brincadeira só ou exibe desenvoltura acima da esperada para sua faixa etária, pode ser um sinal de talento. ;Mas também pode ser só uma preferência. Já observei um bebê que era mais consistente nos trabalhos do que o resto das crianças com a mesma idade dele, mas, quando foi trocado de turma para conviver com crianças que tinham desenvolvimento parecido, perdeu o interesse;, lembra Stela. Para ela, só depois dos 7 anos é que a criança pode escolher se dedicar a alguma atividade artística, treinar e superar os adultos. Antes disso, é só uma preferência. ;Só é considerada uma obra de arte aquela que é feita com a intenção do artista. Crianças pequenas não têm condições de fazer algo com certeza e vontade próprias;, explica.
Ou seja, para estimular o lado musical, é interessante oferecer instrumentos para que os pequenos tenham contato com eles; para as artes, papel e lápis devem estar à vista. Mas a criança deve ficar à vontade para procurá-los quando preferir. Se os pais também forem talentosos para as artes, o convívio pode influenciar e servir como estímulo. Com talento ou não, faz bem para a criança trabalhar o lado artístico. ;Produzir qualquer coisa que crie forma é importante para a autoestima da criança, que se sente capaz de fazer algo interessante;, afirma Stela. E não é obrigação da família estimular a criança quando pequena ; o importante é respeitar suas vontades e aceitar que a infância é uma época que tem bastante influência na vida adulta.
Para Penélope Ximenes, o papel dos pais é ficar atento às habilidades dos filhos e não forçar qualquer preferência. ;A maioria dos pais erra. Não pode obrigar, tem que respeitar bastante a vontade da criança. Já presenciei casos em que as crianças eram muito talentosas, mas iam para a aula chorando. Elas podem acabar se tornando pessoas frustradas.; Se o mundo da criança girar ao redor do talento, acaba se tornando uma obrigação e parte da infância pode ser negligenciada. ;Mas se for um prazer, a criança vai transformar o talento em diversão, e é natural que saiba dosar sozinha a participação da arte na vida;, explica Penélope.
Em grande parte das vezes, o talento para as artes acaba bem desenvolvido, mas segue como um hobby. ;Às vezes, fica tudo na brincadeira e não passa disso. O talento não precisa necessariamente se tornar algo profissional;, lembra Penélope. Mesmo assim, a convivência com as artes desenvolve a inteligência, a lógica, ajuda a solucionar problemas e a fazer escolhas, treina a parte motora fina, facilita os movimentos delicados e ensina à criança como manter a concentração. É bom lembrar que ter talento para as artes não é sinal de uma criança superdotada ; normalmente, elas se destacam em outras áreas.
Um garoto multifuncional
Caio Pereira só tem 12 anos, mas o currículo é longo. O gaúcho é ator, locutor, diretor e roteirista. Caio começou a atuar aos 6 anos, em um comercial, e se apaixonou pelas câmeras. Conciliando todas as áreas, resolveu escrever um roteiro e seu curta-metragem foi escolhido para a mostra gaúcha do Festival de Gramado, um dos mais famosos eventos do cinema brasileiro. ;Quando eu tinha nove anos, fui com a minha mãe ao banco. O caixa eletrônico tinha uma tela enorme e dava para todo mundo ver o que estava acontecendo. Fiquei pensando em várias situações que poderiam acontecer ali e escrevi o roteiro;, lembra. O curta Um dia daqueles conta a história de Marcelo, um executivo que está com muita pressa para tirar dinheiro, mas que vai enlouquecendo aos poucos com as pessoas que estão na fila do banco. ;Com o roteiro em mãos, procurei o diretor José Rodolfo Masiero e o produtor Arthur De Franceschi, que gostaram do texto. Dois anos depois, gravamos;, explica.
Depois de experimentar todas as áreas da produção de um filme, Caio afirma que prefere ficar por trás das câmeras. ;Gostei muito da experiência de direção e de fazer um roteiro. É bem difícil, mas eu gosto do que é complicado, é um desafio.; Finalizado o curta Um dia daqueles, o ator-locutor-diretor-roteirista já está escrevendo outro roteiro. O objetivo é enviar o texto para um concurso de histórias curtas da RBS ; emissora de TV do Rio Grande do Sul, onde Caio mora. O vencedor terá seu roteiro filmado. Caio está animado e pretende continuar trabalhando com a sétima arte. ;Sonho com isso. Vou ser diretor e roteirista no futuro.;
Entre lápis e pincéis
Felipe Albuquerque, 8 anos, é o perfeito exemplo de um artista mirim. Ele desenha com lápis de cor, grafite, giz de cera, tinta e até carvão. ;Gosto de desenhar pessoas, animais, personagens, paisagens... de tudo;, conta. O garoto ainda cria esculturas de peças de montar, faz alguns grafites e origamis. Felipe até já fez aulas de música, mas, quando teve que escolher, preferiu continuar na ilustração. As ideias para compor novos desenhos vêm da internet ; onde procura ilustrações que o inspirem ;, de objetos interessantes que vê e traduz em forma de desenho e de lições que tem na escola. O último trabalho foi sobre os romanos. Felipe gostou dos famosos guerreiros, procurou referências na web e agora está desenhando e pintando um centurião.
Sua forma favorita de arte é a pintura com tinta guache, o mais recente aprendizado. ;Quero aprender agora a pintar com giz pastel, mas acho que ainda vou preferir a tinta. Faço os desenhos com lápis, depois contorno com tinta e pinto tudo. Fica bem legal;, conta o pequeno artista. Os trabalhos de Felipe já são conhecidos. Ele participou de dois concursos de desenho ; quando tinha 6 anos, ilustrou algumas páginas da agenda da escola, o que lhe rendeu o terceiro lugar, e agora se prepara para expor seus trabalhos na exposição de arte dos alunos do Instituto de Artes Amílcar Mendes, onde tem aulas de desenho e pintura todos os sábados.
A arte sempre esteve presente na vida do menino. Além de ter aprendido a desenhar com o pai, que retrata carros amadoramente, é comum a família sair para exposições de arte e programas culturais. A mãe de Felipe, a auditora Cláudia Dias, 47 anos, lembra que não deu incentivos especiais quando o garoto era menor ; a convivência com os desenhos do pai é que despertou o gosto pela arte. ;A escola também tem grande importância na formação do Felipe, os professores dão bastante apoio;, conta. Os estudos e o esporte não ficam para trás na vida do garoto. Os desenhos são feitos, em grande parte, no fim de semana, e Felipe não abre mão do judô, que pratica há três anos. Apesar do talento precoce para as artes, o menino quer ser químico. ;Gosto de juntar os elementos.;
Na batida da música
A bateria é um dos instrumentos mais difíceis de serem tocados. O conjunto de peças, a partitura complicada e o uso das mãos e dos pés ao mesmo tempo devem ser aliados a um grande senso de ritmo. Mesmo com a dificuldade, João Vítor Barros, 8 anos, já pode ser considerado um baterista. Como mora com o tio, que tem uma escola de música e toca bateria, o garoto tem contato com tambores, bumbos e pratos desde muito pequeno. ;A bateria ficava montada no meu quarto e, quando eu chegava em casa, ele estava sentado batendo no que conseguia alcançar;, lembra Kaká Barros, 39 anos, o tio coruja. Ele conta que quando o sobrinho completou 3 anos comprou uma bateria menor, na qual o pequeno podia acompanhar as músicas. A primeira a ser tocada inteira foi uma canção da banda inglesa Queen.
João Vítor foi aprendendo com o tio e nunca teve aulas formais. Atualmente, vai à escola de música de Kaká todos os dias depois da escola para treinar um pouco. ;Acho bem fácil e legal. O som que sai da bateria é a melhor parte;, conta o menino prodígio. Ele toca, principalmente, músicas de rock. No fim do mês passado, João se apresentou com um show de bateria na escola onde estuda. ;Ele desenvolveu tudo, dei poucos toques. Montou quase tudo sozinho, não travou e fez o maior sucesso;, garante o tio. Outra paixão do garoto são os aviões. Quando crescer, ele pretende aliar os gostos e ser, ao mesmo tempo, piloto de avião e baterista.
O futuro do rock
O vídeo é um dos mais vistos do YouTube. A banda inglesa The Mini Band, formada por crianças de oito a 10 anos, toca um dos clássicos da Metallica, a música Enter Sandman, como gente grande. O grupo é formado pelos guitarristas Zoe Thomson, 8 anos, Harry Jackson, 8, Kieran Fell, 8, Archie Zolotuhin, 10, o baterista Charlie Emmons, 10, e o vocalista Harrison Read, 8. Segundo o produtor dos garotos, Leo Westby, todos eram alunos em sua escola de música, Lets Play Rock. Ao perceber o incrível talento de Harry, o professor resolveu montar uma banda em torno dele. ;Apesar de serem crianças, eles são bastante focados durante os ensaios ; enquanto tocam seus instrumentos parecem adultos. Mas, fora dos estúdios, são crianças normais;, contou Leo Westby à Revista.
Algumas das coisas que chamam a atenção na banda, além do talento indiscutível dos garotos, é a presença de muitas guitarras, nenhum baixo e apenas uma menina. O produtor afirma que as três guitarras produzem um som mais forte e com mais camadas, como na banda Iron Maiden. Quanto à presença da menina Zoe, Leo explica que a convivência com os garotos é perfeita. ;Todos os membros da banda são melhores amigos. Inclusive, Zoe está namorando com Harry.;
O repertório é decidido principalmente pelas crianças e inclui bandas como Muse, Lenny Kravitz, Jimmy Eat World, The Crave, Tin Soldiers, Red Hot Chili Peppers, Guns n; Roses e Metallica. A música Enter Sandman, que é tocada no vídeo de maior acesso da banda, foi escolhida por Zoe. Agora, a play list sofrerá uma pequena mudança: o garoto prodígio e guitarrista Harry está compondo músicas inéditas e a primeira e será tocada no próximo show. ;Eles estão amando o sucesso e acham tudo muito divertido.;
Na telona
- No filme Super 8 (2011), dirigido por J.J. Abrams e produzido por Steven Spielberg, crianças cineastas são as personagens principais. O menino Joe Lamb (Joel Courtney) e seus amigos Charles (Riley Griffiths), Martin (Gabriel Basso), Cary (Ryan Lee) e Alice Dainard (Elle Fanning) tentam gravar um filme de zumbis com uma máquina Super 8 (que usa uma película de 8mm) para inscrevê-lo em um concurso. Enquanto filmam em uma estação ferroviária, um trem de carga bate em um caminhão e a câmera grava tudo. O acidente dá início a uma série de acontecimentos estranhos e a trama se desenrola. (Classificação etária: 12 anos)
- Billy Elliott (2000), do diretor Stephen Daldry, gira em torno da história de Billy (Jamie Bell), um garoto de 11 anos que vive no interior da Inglaterra e é filho de um mineiro. O menino é obrigado pelo pai a praticar boxe. Quando assiste a uma aula de balé, que ocorre no mesmo ginásio, ele se encantar pela dança. Incentivado pela professora (Julie Walters), Billy resolve enfrentar a família e a sociedade, pendurar as luvas de boxe e investir na carreira de bailarino. (Classificação etária:12 anos).
- No filme Som do coração (2007), de Kirsten Sheridan, o espectador acompanha o menino Evan (Freddie Highmore), que, órfão e às vésperas de completar 12 anos, decide procurar os pais. Com talento excepcional para a música, ele foge do orfanato. Tocando seu violão nas ruas, Evan conhece o Mago (Robin Williams), homem que abriga crianças talentosas para explorá-las comercialmente. Enquanto isso, a mãe biológica do menino descobre que o filho está vivo e também vai ao seu encontro. (Classificação etária: livre).
Agradecimentos: doc.criança, Tokata Instituto de Música, Instituto de Artes Amílcar Mendes e Super Infância