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Ele é um partidão?

Com a emancipação da mulher, o conceito ficou meio ultrapassado, mas a preocupação com o sucesso profissional do parceiro ainda existe

postado em 25/12/2011 08:00

Com a emancipação da mulher, o conceito ficou meio ultrapassado, mas a preocupação com o sucesso profissional do parceiro ainda existeNa geração das nossas avós, era normal que os pais opinassem (e torcessem o nariz) quanto à escolha do futuro marido da filha. Advogado ou médico, de boa família, dotes financeiros; Uma série de requisitos deveria ser preenchida pelo pretendente que passasse pela sabatina e pelo crivo do pai. Mas os tempos são outros e, hoje, está a cargo da própria mulher a escolha do parceiro ideal para amar e compartilhar contas e cuidados com a casa e os filhos. A conquista da autonomia, no entanto, fez com que as próprias mulheres se tornassem tão criteriosas quanto os pais na hora de escolher com quem subir ao altar e dizer ;sim;.

Neste ano, a revista norte-americana Forbes Woman divulgou uma pesquisa que apontou: o amor não segura um relacionamento. A revista estimou que 75% das mulheres nos Estados Unidos jamais se casariam com um homem desempregado. E se a profissão dele não estiver à altura das expectativas dela? Nem pensar. A carreira está sim, mais até do que em gerações passadas, atrelada ao final feliz de uma relação.

No Brasil, ainda não há nenhuma pesquisa que relacione carreira e amor. No entanto, o consultor e especialista em liderança e desenvolvimento de empresas Alexandre Prates observa em seu trabalho que qualquer profissional de destaque cria critérios próprios para definir (mesmo que inconscientemente) com quem vai se relacionar. ;Quando você chega na posição de uma grande empresária, por exemplo, você começa a se relacionar com pessoas do mesmo ambiente e fica cada vez mais seletiva. Por isso, vejo dificuldades de alguém fora desse cenário manter uma relação que dê certo com essa empresária de sucesso;, observa.

Em Brasília, um partidão para a maioria das mulheres ainda é o servidor público. Profissão caracterizada por bons salários, apartamento ou casa própria, carro (no singular ou no plural) e tempo para usufruir do status com familiares, amigos e, claro, com a mulher. Mas há aquelas que não supervalorizam essa carreira e desconsideram a posse de bens um atrativo essencial.

Camilla Araújo, 29 anos, servidora pública, acredita que um bom cargo público pode ser considerado a carreira ideal para um pretendente. No entanto, a jovem não descarta outras profissões em que o parceiro seja esforçado, mesmo que ainda não tenha estabilidade financeira. O partidão é aquele cara, segundo a servidora, que não se acomoda. ;O homem pode até ganhar menos do que eu, estar desempregado, mas ele precisa mostrar que tem ambição e que está correndo atrás de uma boa oportunidade. Muitas vezes, o servidor público tem essas características, agora o mais importante é que, seja qual for a profissão, possamos admirar aquela pessoa que está ao nosso lado;, destaca.

Para entender o que se passa na cabeça das mulheres, o portal de notícias norte-americano Your Tango, dedicado a relacionamentos, se inspirou na pesquisa da Forbes Woman e resolveu rankear quais as melhores e as piores carreiras para se encontrar o ;par perfeito.; Advogado e médico, as mesmas profissões exaltadas como partidões pelas nossas avós, foram consideradas as piores carreiras para se manter uma relação. Enquanto personal trainers teriam grandes chances de fazer uma mulher feliz (veja o quadro).

Afinal de contas, podemos afirmar que quem vê cara, necessariamente, vê profissão? Independentemente da carreira escolhida pelo parceiro, o consultor Alexandre Prates aconselha: ninguém deveria se amarrar a regras ou preconceitos. ;Não existe profissão boa ou ruim e, sim, a pessoa que quero para mim. O filtro é de cada um e é ele que vai determinar qual é o melhor parceiro ou parceira para viver o tão sonhado felizes para sempre.;

As melhores e as piores profissões para encontrar o ;homem dos seus sonhos;, segundo o portal Your Tango (). Você concorda?

AS MELHORES CARREIRAS PARA CULTIVAR UM ROMANCE...
1. Saúde mental
Bom salário e jornada de trabalho estável, embora haja aqueles com necessidade de analisar o parceira a toda hora
2. Oftalmologia
Bom salário e jornada de trabalho estável
3. Diretores e reitores de instituição de educação
Bom salário e tempo livre
4. Personal trainer
Capaz de ganhar muito em poucas horas; nada de estresse
5. Aviação
A maioria é jovem, ganha bem e gosta, claro, de conhecer diversos lugares


AS PIORES CARREIRAS PARA MANTER UM AMOR...
1. Jornalismo
Apesar de envolvente, os profissionais dessa área sempre estão ocupados ou viajando. Eles também podem se envolver com fontes e colegas de trabalho
2. Comerciante
Apesar de serem os próprios chefes, dedicam-se 24 horas ao trabalho
3. Saúde
Muitas horas de jornada; relacionamento por telefone
4. Corretor de imóveis
Jornada de trabalho sem critérios a depender da demanda de clientes
5. Advogado
A profissão os obriga a serem introvertidos e solitários


Na ficção como na vida real
Com a emancipação da mulher, o conceito ficou meio ultrapassado, mas a preocupação com o sucesso profissional do parceiro ainda existe
Bem diferente da fórmula adotada pela maioria das comédias românticas, dessa vez a mocinha da história é quem serve de exemplo de sucesso e realização para o mocinho em crise. Dirigido e protagonizado por Tom Hanks, Larry Crowne trabalha há muitos anos em uma loja até ser demitido por não ter curso superior. Ele, então, decide dar uma nova chance aos acontecimentos e se matricula numa faculdade. Até que, em uma das disciplinas que cursa, ele tem como professora a bela Mercedes Tainot, interpretada por Julia Roberts. Nesse cenário despretensioso, o filme mostra aquilo que na vida real já vem acontecendo com frequência: o encontro de uma mulher bem resolvida com um homem ainda se descobrindo profissionalmente. O resultado? O amor pode dar certo. Larry Crowne, o amor está de volta (2011/EUA/Tom Hanks/14 anos)

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