Em 2014, ocorrerá, em solo nacional, a Copa do Mundo de Futebol. Disso, todo mundo sabe. Na preparação da polícia para reforçar a segurança e garantir um evento tranquilo, entram os animais do Batalhão de Policiamento com Cães. A cadela Zeta será um deles. Ela nasceu no quartel, foi treinada para encontrar entorpecentes e terminou o processo preparatório no fim de 2010. Nesse período, já participou de várias operações, mas continua em treinamento intenso para atuar na Copa. ;Em 2014, ela vai estar com a idade ideal, no auge e bem-treinada;, conta o tenente Pereira, do Batalhão de Policiamento com Cães.
Já Kate é uma cadela experiente. Aos cinco anos, é um dos animais de maior destaque do batalhão. ;Eu a escolhi e adestrei, por isso temos uma relação bem profunda, o que é ideal para um cão de polícia. Ela já fez um curso no Rio de Janeiro e estará em forma na Copa do Mundo. Como é uma cadela de busca e captura, deve ficar de plantão durante o evento;, explica o cabo Rubens, responsável por Kate. Um bom exemplo da atuação de Kate ocorreu em janeiro deste ano, quando dois ladrões roubaram um malote de cartões de crédito e correram para um matagal. Em meia hora, ela encontrou o primeiro dos bandidos; 15 minutos depois, o segundo. O local era de difícil acesso e a cadela, o cabo Rubens e os bandidos tiveram que ser retirados de helicóptero.
Treinados a partir dos oito meses de idade, os cães de polícia chegam ao quartel já socializados. Até atingirem a idade ideal para o adestramento, devem estar acostumados a andar de carro e ter tido contato com pessoas e outros animais para que saibam se comportar em locais cheios. ;Só aqui eles são adestrados, e o processo dura de seis meses a um ano. Brincamos muito com os animais para que eles desenvolvam curiosidade e vontade de caçar. Os cães de entorpecentes e explosivos, por exemplo, procuram um brinquedo específico e, só depois, associamos o cheiro da droga a esse brinquedo;, explica o tenente Pereira. Já os cães de policiamento aprendem a se defender, proteger e procurar pessoas ; no caso de bandidos, os cachorros mordem e só largam quando o adestrador manda.
Os animais são divididos nos quesitos policiamento e faro. ;No primeiro caso, há os especialistas em busca e captura ; que procuram pessoas, entre bandidos e vítimas ;, policiamento comunitário e de choque, que acompanha as tropas de choque nas ações. Já os cães de faro procuram drogas e explosivos;, esclarece o sargento Alan. Para dar conta da demanda na Copa, o efetivo de cães policiais deve aumentar de 50 para 120. Os animais especialistas em encontrar explosivos, por exemplo, devem chegar a 16 ; no momento, há apenas quatro no quartel. E eles treinam todos os dias. ;Procuramos levá-los a lugares diferentes em cada treinamento. O cão precisa conhecer gente, outros animais e várias situações para que atue melhor na hora da ocorrência;, afirma o tenente Pereira.
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