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Nem mais, nem menos

Regar as plantas pode parecer fácil, mas é preciso atenção às características de cada espécie. O excesso de água é tão prejudicial quanto a falta

postado em 08/04/2012 08:00
Regar as plantas pode parecer fácil, mas é preciso atenção às características de cada espécie. O excesso de água é tão prejudicial quanto a falta

Nos ambientes internos, aquele ponto verde é um charme na decoração, mas para manter plantas conservadas e radiantes várias etapas são necessárias: uma delas é a rega. Parece uma tarefa simples, mas requer alguns cuidados. O excesso ou a falta de água pode determinar a sobrevivência da planta. O solo e o tipo de vaso também são importantes na hora de aguar. ;Plantas em vasos de cerâmica esmaltada ou de plástico precisam de quantidades menores de água que plantas em vasos de barro, uma vez que nessas a água evapora mais rapidamente;, detalha Paulo Ernane Nogueira, professor do departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB).

Outra dica que vale para boa parte das espécies é ter cuidado para não encharcar a raiz da planta, porque ela pode apodrecer ou adquirir fungos e outros predadores. Para evitar que a água fique acumulada no recipiente, ao regar, observe se a água escoa pelo fundo do pote. Além disso, Carmen Regina Correia, professora do departamento de Biologia na UnB, explica: ;Colocar os dedos no vaso da planta para sentir a umidade do solo pode ser uma opção para saber quando colocar água novamente;.

Ter maior ou menor necessidade de exposição à luz também interfere na quantidade de água, pois a intensidade de calor regula a velocidade com que a planta realiza o processo de transpiração. ;Plantas de interior devem ser regadas a qualquer hora do dia. Já as plantas ao ar livre devem ser regadas pela manhã ou ao final da tarde; evite regá-las sob sol quente;, orienta Nogueira.
Regar as plantas pode parecer fácil, mas é preciso atenção às características de cada espécie. O excesso de água é tão prejudicial quanto a falta

RESPEITE AS DIFERENÇAS

Avenca, samambaia e copo-de-leite

São plantas com características de clima mais úmido, por isso devem ser molhadas com maior frequência, mas nada em excesso. Três vezes por semana ou sempre que o xaxim estiver totalmente seco já são o bastante. ;Em Brasília, onde a umidade do ar fica muito baixa, durante alguns meses do ano, podemos resolver o problema usando recipientes com ampla superfície de evaporação, como bandejas embaixo dos vasos, para conservar a água nos dias mais secos;, explica Paulo Nogueira. Outra sugestão é borrifar água nas folhas nos dias mais quentes.

Violeta
Não gosta de exageros. Deve ser mantida à sombra e ter a terra regada três vezes por semana, sem encharcá-la. Não molhe flores e folhas, pois podem apodrecer.

Buxina, ixora, azaleia
Adoram lugares com boa luminosidade, daí a necessidade de serem regadas com maior frequência. Nas épocas mais quentes, regar a cada cinco dias. No outono e no inverno, alternar os dias tomando cuidado para não umedecer demais o solo.

Calachoe, cacto e bromélia
São plantas que acumulam muita água. Se encharcadas, podem apodrecer ou facilitar a presença de insetos. Deve-se colocar água apenas quando o solo estiver seco. Em geral, podem ser regadas de duas a três vezes por semana. No caso dos cactos maiores, durante o verão devem se regados a cada cinco dias, e os minicactos, a cada quatro. No inverno, dobre o intervalo de rega. As bromélias devem ser regadas a cada dois dias, limpando-se o seu centro para evitar a proliferação de mosquitos.

Leia a íntegra desta reportagem na edição n;359 da Revista do Correio

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