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Respeito, acima de tudo

Os dias de macheza fria e cruel com os animais fazem parte do passado. Os homens de hoje não têm medo de se dizer apaixonados pelos pets

postado em 08/04/2012 08:00

Por Vinícius Pedreira // Especial para o Correio


Os dias de macheza fria e cruel com os animais fazem parte do passado. Os homens de hoje não têm medo de se dizer apaixonados pelos petsA comunidade do Facebook ;Homens de verdade são gentis com animais; está na vanguarda. Abordando o tema do tratamento dispensado aos bichos, a página conquistou 5.325 ;curtidas; em apenas dois meses de existência. O idealizador do espaço, o publicitário Fábio Chaves, 29 anos, explica que a ideia surgiu após ver um programa sobre resgate de pets feito por motociclistas. ;Pensei na página como uma forma de acabar com o preconceitosobre a masculinidade dos homens que dizem respeitar os animais. Além disso, temos um lugar para conscientizar sobre os maus-tratos;, analisa.

Para a consultora jurídica e protetora independente Janaína Almeida, 24, há sim um preconceito latente, que leva os homens, em determinados ambientes, a criar os mascotes de uma forma mais fria. No entanto, ela vê uma mudança considerável, não apenas no tratamento dado pelos homens. ;Nós percebemos uma revolta maior em relação aos maus-tratos com animais de um modo geral ; há manifestações contra o uso deles em laboratórios, em rodeios, então creio que houve uma certa evolução;, argumenta.

De acordo com o assistente social e protetor Leonardo Ortegal, 26, é o machismo que muitas vezes dificulta a tentativa do homem ser mais carinhoso e cuidadoso com os animais. ;Antigamente, era matar para ser homem. Mas é interessante destacar que isso vem mudando. Cuidar bem de um animal, respeitá-lo, ter compaixão, é uma forma de se ser mais sensível;, diz, ressaltando que as mulheres aprovam tal atitude.

Dono da cachorrinha Amora, o administrador Bruno Pinheiro, 29, concorda que o preconceito vem diminuindo e a conscientização aumentando. Participante do chamado movimento abolicionista, isto é, de luta pelos direitos dos animais, Bruno revela ser muito preocupado com a mascote, de apenas três anos. O carinho é tanto que, para mudar de São Paulo para Brasília, não quis hospedá-la em um hotel para cachorros. ;A dificuldade foi que os hotéis não especializados também não aceitam animais. Então, a saída foi alugar um apartamento pela internet e vir com ela de carro;, relembra.

De acordo com a veterinária Simone Bandeira, a forma de relacionamento entre o sexo masculino e os pets vem mudando consideravelmente ao longo dos anos e, em alguns casos, há até uma inversão de valores. ;Hoje têm mulheres que chegam aqui (no consultório) reclamando do namorado, pois foi ele que insistiu para levar o pet ao veterinário;, comenta.

Agradecimento: Dois Amigos Veterinária

Leia na edição impressa a íntegra da matéria.

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