Jornal Correio Braziliense

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À moda brasiliense

Na segunda reportagem para celebrar a feição popular da capital, mostramos a miscelânea de sabores da culinária local


Em quase 51 anos de história, já é hora de questionar. Afinal, qual é a cara da mesa brasiliense? Que prato representaria a cultura gastronômica desse meio século de história? Cada um responde ao seu gosto. À moda de sua casa, de sua cozinha, de sua história. A capital de todos os brasileiros também é a capital de todos os sabores. Dentro das quatro linhas do quadradinho, encontramos muito da gastronomia popular do Brasil e do mundo.

Nas bancas do Mercado do Núcleo Bandeirante, emana um cheiro de Nordeste. Buchada de bode com um pezinho de brinde, preparada no restaurante do Campos e que encanta o paladar de gente refinada do Lago Sul. O que dizer do aroma da manteiga de garrafa na carne de sol? Boteco de responsa em Taguatinga, segundo o nosso editor de cultura Zé Vieira, é o do Roberto, na rua da Americana. Tem um torresmão megacrocante e um bufê de tira-gostos. Gourmets, donas de casa e boêmios se encontram na Feira do Guará, onde acham o melhor peixe, a cervejinha gelada, litros de Guaraná Jesus, dezenas de farinhas, 16 tipos de feijões, temperos com receitas secretas, massa para fazer a tapioca, pastel com caldo de cana, pratos de varias regiões, churrasquinhos. Tem de tudo e dá de tudo. De donas de casa fazendo a feira da semana a dondocas atrás dos melhores legumes. A barraca Segredo do Campo, por exemplo, é referência. Lá, dona Marli prepara seus temperos e os vende para cada propósito: de feijão a churrasco. Uma mistura de ervas e iguarias que só ela sabe fazer. Por serem únicas e vendidas exclusivamente lá carregam um gosto brasiliense.

O poeta cuiabano-candango Nicolas Behr nos leva para o lado norte: no Pólo Verde, a rabada do Cosme virou reduto de uma confraria, sempre aos sábados. Quando tem visita de fora, Nicolas atravessa o DF para mostrar a feira de Ceilândia e comer na barraca da Galega, que serve cabeça de bode, baião de dois e outros pratos da culinária potiguar. O goiano Eduardo Balduíno, vulgo Baduzinho, com saudades do Planalto Central, manda dizer diz que o sarapatel imbatível é o do Sílvio, na 114 Norte. Na tradição dos biscoitos goianos, sobra talento, por exemplo, a Cássia, de Planaltina. No Edifício Márcia, do Setor Comercial Sul, o PF do Ivan faz sucesso há mais de 30 anos. E não é só. Mas nenhum tanto de linha seria suficiente para dizer. Mostremos, então!

Leia a íntegra desta reportagem na edição n;361 da Revista do Correio