Durante o almoço ou no happy hour. Em qualquer dia da semana. Não importa. Sempre haverá cariocas nas ruas tomando uma cervejinha gelada com um petisco: de bolinho de aipim recheado no entardecer do domingo a uma feijoada sob o sol a pino na segunda-feira. Trajando sandálias de dedo e pouca roupa, ou mesmo debaixo do terno, qualquer hora é hora curtir os botecos cheios de personalidade e sabor que são parte da alma leve do Rio de Janeiro.
Em Brasília, o clima de descontração, naturalmente, se desenha com outros contornos. Mas os cariocas que aqui residem (me incluo nessa lista), bem como os admiradores da rotina praiana do Rio, adoram devanear com a Zona Sul em pleno Planalto Central. Esquecer o traje formal, convocar os amigos e se sentar à mesa madeira para uma comidinha frita, um chope cremoso e falar alto. Em uma ;esquina; candanga, mais especificamente na 410 Sul, o Botequim Informal, sucesso absoluto no Rio, abriu as portas com a melhor das intenções.
A chef da casa, Karla Keide, conta que, em geral, a comida carioca é muito bem aceita em todo o país. Mesmo que em ocasiões diferentes. ;Para o carioca, é sempre hora de comer uma fritura, uma refeição mais encorpada, pesada mesmo. Não importa se está muito quente. Se caia bem com uma cervejinha, é bem-vinda;, diverte-se. Karla explica que apesar das diferenças geográficas, climáticas, históricas e culturais, Rio e Brasília têm algo de muito semelhante quando o assunto é gastronomia.
Assim como Brasília, o Rio também ;aconteceu; de uma hora para outra. A cidade teve um boom populacional e de desenvolvimento com a chegada da corte portuguesa, em 1808. E, com a instalação do Banco do Brasil e de órgãos de administração pública, a cidade acolheu gente de todo o país. E assim formou sua mesa. A feijoada mineira, as carnes nordestinas, os queijos pernambucanos, o churrasco do Sul. Os cariocas reinventaram essas receita e formaram uma culinária própria.
Em Brasília, o fenômeno é muito mais recente, mas a expectativa é que, na gastronomia, o processo seja parecido. Não é à toa que, por aqui, algumas comidas regionais estejam virando clichê candango. A carne de sol com mandioca e feijão de corda, por exemplo, é um hit da capital. Enquanto acompanhamos essa invenção da mesa brasiliense, nos deliciamos com a comida brasileira. E a do Rio, agora, está muito bem representada. O chope é estupidamente gelado e cremoso e a comidinha parece que vem até com o cheiro da maresia. Vale experimentar.
Ingredientes:
320g cebola temperada
320g cebola
5g de pimenta-calabresa (um colher de café)
10g de salsa picada
100g de azeite extravirgem
Orégano
Sal refinado
100ml de vinagre
Torrada
4 pães franceses
50ml de azeite extra virgem
50ml de azeite comum
15g alho picado
10g salsa
5g alecrim fresco
2g sal grosso
400g linguiça caipira
60g cebola temperada (4 colheres de sopa, aproximadamente)
10 torradas de alecrim
Como fazer
Cortar a cebola em lâminas.
Em um recipiente apropriado, misturar todos os ingredientes.
Cortar os pães em fatias finas.
No liquidificador, colocar o restante dos ingredientes e bater bem.
Passar a pasta resultante nas fatias de pão.
Salpicar sal grosso.
No forno, assar as torradas por, aproximadamente, 25 minutos.
Fritar a linguiça caipira em óleo bem quente.
Em uma louça apropriada, colocar a cebola temperada.
Em um prato de sobremesa, sobre um prato grande, colocar a cebola temperada no centro.
Ao redor da cebola temperada, arrumar a linguiça caipira.
No espaço entre o prato de sobremesa e o prato grande, arrumar as torradas de alecrim.
Serviço:
Botequim Informal
SCLS 410, Bloco D, Loja 34
3244-0421
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