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Joia de Brasília

Em momento especial da carreira, a designer brasiliense Carla Amorim reafirma seu amor pela capital, renova dia a dia seu compromisso com a fé e confessa sofrer de depressão

postado em 24/06/2012 08:00

Em momento especial da carreira, a designer brasiliense Carla Amorim reafirma seu amor pela capital, renova dia a dia seu compromisso com a fé e confessa sofrer de depressãoO Cazaquistão é um país asiático, embora uma parte de sua região esteja localizada no continente europeu. Limita-se com Rússia, China, Quirguistão, Uzbequistão e Turcomenistão e, a oeste, com o mar Cáspio. É o nono maior país do mundo. Rico em petróleo, tem cerca de 16 milhões de habitantes e 53% deles depositam sua fé nos ensinamentos do Islã. Poderíamos supor que esse lugar tem muito pouco a ver com a cultura tupiniquim, assim como a Ucrânia, a Armênia, a China, o Líbano, a Rússia e a Turquia. Pois esses países tão distantes são hoje consumidores de um produto brasileiro que ganha fama lá fora, embora passe longe dos campos de futebol. Em todos eles, há pontos de venda das joias da designer brasiliense Carla Amorim.

Marca em expansão, está também nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Canadá, em Portugal, na Alemanha, nas Filipinas e na Venezuela. Aqui no Brasil, tem lojas em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, na capital e em Ribeirão Preto, além de Belo Horizonte e Recife. O Rio de Janeiro ganhará a sua em breve ; já teve uma, mas foi fechada por questões de segurança. Com duas décadas de trabalho e um talento inquestionável, não seria de assustar que o dedo de Carla Amorim tocasse magicamente outros pontos do Planeta. Também não surpreende que suas criações ganhem espaço em editoriais de moda e nas capas de importantes revistas internacionais, como a Harper;s Bazzar, e caiam no gosto das celebridades.

Inicialmente, foi sim resultado de um trabalho de marketing bem-sucedido. Mas uma coisa leva a outra e, assim, o anel menta, uma preciosidade com ouro rosa, jade nefrita e esmeraldas, foi parar no dedo de Angelina Jolie. Ela estava fazendo fotos para uma revista quando viu a peça, levada pela stylist, e decidiu comprá-la. Isso foi em novembro do ano passado. De lá para cá, a primeira-dama americana, Michelle Obama, apareceu usando um brinco de ouro com cornalina e safiras na cor laranja, parte da coleção Pantone, em um jantar na Casa Branca, e a ex-modelo e atriz alemã Nicole Kruger amou tanto, mas tanto, o colar Coroa Boreal ; doado para um leilão beneficente, em Monte Carlo, em prol das fundações do príncipe Albert, de Mônaco, e do ex-presidente americano Bill Clinton ; que o comprador russo devolveu a peça ao leiloeiro para que o ator Joshua Jackson, namorado da moça, pudesse arrematá-lo pela bagatela de US$ 45 mil. Segundo sites internacionais, teria sido um presente de noivado.

Antes disso, há uns três anos, Yoko Ono esteve no Brasil, viu as joias de Carla no Hotel Fasano e tornou-se cliente. ;Fiquei muito feliz. Ela é uma artista, aprecia a joia pelo design, como uma obra de arte;, emociona-se Carla. Por aqui, há uma lista interminável de atrizes que se tornaram consumidoras e até amigas. ;Comecei lá atrás, no filme Carlota Joaquina. Aí conheci a Marieta (Severo), que virou minha cliente; depois, ela apresentou para a mulher do Caetano (Paula Lavigne, na época); também para a Carla (Camuratti). E aí uma conta para a outra, e as coisas vão acontecendo;, diz a designer.
Em momento especial da carreira, a designer brasiliense Carla Amorim reafirma seu amor pela capital, renova dia a dia seu compromisso com a fé e confessa sofrer de depressão
Uma das peças mais festejadas no Brasil é o pingente do Espírito Santo, usado pela atriz Lília Cabral na novela Viver a vida. ;Já tinha um Espírito Santo dela mesmo antes da novela. Quando eu uso, eu me sinto como se estivesse mesmo protegida. Eu conheço a Carla há bastante tempo, talvez há mais de 10 anos. Tenho muitas peças, desde as joias para sair no dia a dia até as mais chiques, mais refinadas;, conta Lília. E continua: ;Gosto muito das formas geográficas das peças e do trabalho com as pedras. Ela consegue combinar as pedras com o ouro, de forma tão harmoniosa, sem ficar uma coisa pesada. Consegue ser sofisticada, mas sempre buscando a delicadeza;.

Mesmo com tanto reconhecimento, dentro e fora do Brasil, Carla Amorim tem os dois pés fincados em Brasília, de onde não planeja sair. Ela recebeu a Revista para falar sobre a sua relação de amor com a cidade, a carreira, a família, a religiosidade e também sobre depressão, doença cercada de estigmas, que ela enfrenta desde a adolescência.

Leia a íntegra desta reportagem na edição n; 371 da Revista do Correio.

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