Depois de um dia estressante, nada melhor do que relaxar. Spas em casa são opções muito usadas por quem preza por momentos calmos e quer fugir dos altos preços dos locais especializados. Mas, na hora de criar o espaço, uma dúvida frequente é qual tipo de banheira instalar: um ofurô tradicional ou uma moderna banheira com hidromassagem? A dica para uma decisão acertada é definir o objetivo do espaço.
De origem japonesa, os ofurôs costumam ser de madeira e não são considerados espaço de banho. Os japoneses acreditam que a água quente tem fins terapêuticos, ajuda a expulsar a energia ruim e melhora a circulação sanguínea, então costumam se lavar antes da imersão e, por isso, a água não é trocada a cada uso. ;Aliás, o ofurô deve estar sempre cheio para manter a vida do equipamento. É uma tina para ficar sentado, com água até os ombros e onde a temperatura da água fica entre 36;C 40;C, bem mais quente do que a banheira;, explica a arquiteta Maria do Carmo Araujorge. Na seca, é bom prestar atenção ao tempo de imersão ; a água muito quente pode ressecar. A dica é caprichar no hidratante ao sair do ofurô. Como a água não é trocada com frequência, é importante manter a higiene. O recipiente deve ficar tampado e ser limpo com esponja. Caso a superfície da madeira esteja irregular, recomenda-se lixá-la.
Nas imersões de ofurô, é comum preparar a água com óleos especiais, pétalas de flores e lâmpadas LED para cromoterapia ; alguns modelos mais modernos contam até com hidromassagem. ;A indicação é tomar cuidado com a iluminação, que deve ser adequada para o relaxamento. E tudo que vai em volta deve ser harmonioso com o local e com a pessoa que vai usufruir a experiência;, explica Maria do Carmo.
Por ser um equipamento relativamente simples, há uma tendência a se negligenciar a instalação. É bom ficar atento: um ofurô cheio e com uma pessoa dentro chega a pesar 300 quilos, o que pode causar danos a varandas ou apartamentos. ;Pode-se instalá-lo em qualquer lugar aconchegante, desde que um engenheiro estrutural seja consultado para se certificar de que a laje está dimensionada para receber o peso;, afirma Maria do Carmo. Além disso, o local deve contar com uma saída para água usada, uma entrada de água limpa e condições para o aquecimento do líquido. Na hora da instalação, é comum o vazamento de água, mas isso não deve causar preocupação exagerada ; dessa forma, a madeira absorve a água, incha e nunca mais abre espaços para o escoamento indesejado.
Já as banheiras são mais informais e feitas especialmente para o banho ; o objetivo é mais sair limpo do que renovado. Vale temperar a água com sais e sabonetes especiais, passar por rituais de esfoliação e aproveitar o momento para se distrair. No fim do banho, a água deve ser escoada e a limpeza, feita com detergente neutro, buchas suaves e os mesmos produtos que são usados para a higiene do resto do banheiro.
Assim como os ofurôs, as banheiras precisam de estrutura para a instalação e, por ter a característica de banho, são normalmente instaladas nos banheiros, se possível, longe dos chuveiros. ;A maioria das banheiras tem hidromassagem, então é preciso instalar ainda um motor para dar pressão à água;, explica a arquiteta Marissol Alcântara. Apesar de terem funções distintas, a decoração dos ambientes onde a banheira e o ofurô estão inseridos é bastante semelhante. ;Devem ser locais que remetam ao relaxamento, com vista para jardins ou paredes com revestimentos diferenciados. Quanto mais aconchegante, melhor;, afirma a arquiteta.
Agradecimento: Traço Arquitetura