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Eles também gripam

Nos dias mais frios e secos, é importante ficar atento à saúde do pet. Gripes e resfriados são comuns e têm sintomas parecidos com os apresentados em humanos

postado em 08/07/2012 08:00

Nos dias mais frios e secos, é importante ficar atento à saúde do pet. Gripes e resfriados são comuns e têm sintomas parecidos com os apresentados em humanosO inverno é ingrato com a nossa saúde. E também não dá trégua à dos bichinhos. Temperatura baixa e pouca umidade é uma combinação que afeta a imunidade de qualquer um. Como os animais sofrem sem poder dizer o que sentem, a atenção do dono é indispensável para que os sintomas sejam identificados e eles tratados da maneira correta. Os vírus são diferentes para cada espécie. Por isso, de acordo com a veterinária especializada em gatos Daniela Maciel, não existe a possibilidade de um humano pegar gripe do animal que cria. Nos gatos, a doença, chamada popularmente de gripe felina, é geralmente causada pelo herpesvirus e pelo calicevirus. Já os cachorros são contaminados pelo vírus da parainfluenza ou pela bactéria bordetella. Na prática, os sintomas são os mesmo, mas em caso de bactéria, é necessário que o animal tome antibiótico.

Normalmente, não se faz nenhum tipo de exame para identificar o causador da gripe. O veterinário, por experiência, saberá: ;Se a secreção do nariz estiver amarelada, por exemplo, é sinal de que tem bactéria;, explica a veterinária Eliane Cruz. Em geral, os sintomas são bem parecidos com os da gripe humana: coriza, secreção nos olhos, tosse, inapetência. ;O animal não consegue dormir, fica fraco. A falta de apetite o faz perder peso;, enumera Daniela.

A doença pode ser curada sozinha depois de uma média de 10 dias. Por isso, muitas vezes, os veterinários dão remédios apenas para tratar os sintomas. De acordo com Eliane, não precisa ir ao médico assim que o pet começar a passar mal, mas é importante ficar atento. ;Muita febre, por exemplo, é um sinal de que o animal deve ser levado ao veterinário. Confiar no tratamento espontâneo é um risco.;

A estudante Maressa Ferreira, 17 anos, se assustou quando sua poodle Pink ficou doente. Há pouco tempo, a cachorra da empregada doméstica da casa dela havia morrido: ;Ela achava que era gripe e não fez nada;, lembra Maressa. De repente, a doente era Pink. ;Ela ficou muito quieta, tremia, o nariz estava sempre molhado. Ficava embaixo do sofá, que é para onde vai quando está mal. E fazia um barulho estranho, que depois descobri ser tosse. Nunca tinha visto tosse de cachorro;, conta. Apesar da febre de 40;C, Pink melhorou aos poucos, com antibiótico.

Tudo que ajude a manter a imunidade do pet alta é uma boa forma de prevenção: alimentá-lo com ração de qualidade e balanceada, servi-lo de bastante água e até agasalhá-lo no frio. Existe também uma vacina, óctupla, que evita o contágio pelos vírus da gripe. Ela deve ser tomada duas vezes, nos primeiros três meses de vida do animal, e, depois, anualmente. A veterinária Ilce Barreto indica que o ideal é aplicá-la em março, antes do frio chegar, pois, até junho, o animal já está devidamente imunizado. Maressa não sabia da existência da vacina até a cadela Pink adoecer, mas garante que, daqui para frente, não esquecerá.

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