Não são só os donos de gatos que se ofendem com o chavão ;o cachorro é o melhor amigo do homem;. Por diferentes razões, mais e mais pessoas procuram mascotes não caninos. E garantem: é possível estabelecer com eles laços igualmente afetivos. Em linhas gerais, o pet pode ser do tipo doméstico, silvestre ou exótico. Os primeiros têm relação estreita com os homens desde tempos imemoriais. Os silvestres fazem parte da fauna brasileira e podem ser hostis ao ser humano. Já os exóticos são todos aqueles que não são típicos do território nacional.
Wesley Junqueira Lara, 32 anos, por exemplo, cria Panthro com todo o cuidado. A jiboia de 1,8m é dócil e conquistou a simpatia dos vizinhos do servidor público. Já na rua, as pessoas ainda ficam desconfiadas.
Ele é presidente da Criadores de Animais Silvestres Nativos e Exóticos do DF (CaseDF), associação que combate o comércio ilegal de animais.
Os estudantes Karoline da Mota, 22 anos e Mateus Fernandes, 17 anos, também participam do grupo. Ela tem um teiú fêmea ; lagarto tipicamente agressivo e que pode chegar a 2m de comprimento ; chamado Vênus e ele, uma jovem jiboia, o Luke. Karoline conta que criou interesse por espécies silvestres depois de ir a uma feira de ciência onde havia um jacaré no qual todos passavam a mão. ;Fiquei impressionada de ser possível ter contato com esse tipo de bicho e criei carinho;, diz Karoline, que cuida de Vênus como um membro da família. ;Ela até dorme comigo na cama. Minha sobrinha de menos de dois anos troca qualquer brinquedo para brincar com a Vênus.;
Adoráveis miniaturas
Com animais domésticos, a burocracia é bem menor, não é necessária nenhuma permissão. É o caso dos porcos e, em especial, dos microporcos. Lúcia Maria de Gonçalves, 72 anos, já cuida de um canil e, depois de ver os pequenos em um programa de tevê, decidiu entrar no ramo com uma amiga, também dona de canil. As duas fizeram contato com uma criadora de São Paulo e fecharam o negócio. No Brasil, a espécie só é reproduzida em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, onde todos os porquinhos são vendidos castrados, o que impede a origem de novos criadouros. Dona Lúcia e a amiga serão as primeiras criadoras no Distrito Federal e esperam ter filhotes disponíveis até o fim do ano.
Leia a íntegra da matéria na edição impressa da Revista n;376