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Surpreenda-me!

A iguaria standard da cozinha japonesa tem essa flexibilidade impressionante, principalmente na mão de um sushiman ousado

postado em 05/08/2012 08:00

A iguaria standard da cozinha japonesa tem essa flexibilidade impressionante, principalmente na mão de um sushiman ousadoHá que se ter coragem para subverter a tradição. Imaginem quantas críticas sofreu o primeiro chef a pensar em uma feijoada light? Ou quanto os italianos ainda torcem o nariz para os bem-sucedidos pizzaiolos paulistanos? A vida é feita dessas pequenas rebeldias e ainda bem que temos sorte de muitas delas ocorrerem na cozinha.
A juventude do chef Tarin Mercadante, do restaurante Haná, justifica, em parte, as suas subversões ao sushi. Apesar de saber o bê-á-bá inteiro dos cortes rentes dos peixes e o tempero certo do arroz, as tatuagens em seus braços mostram que ele não é alguém que se contenta com o comum. E isso ele leva às suas criações, em pratos cheios de sabores pouco esperados e bem brasileiros. ;Hoje em dia, não usamos só o lado tradicional. Usamos o Brasil: castanha, banana, maracujá, as frutas da nossa região etc. Fazemos um sushi nipobrasileiro, nossos ingredientes misturados aos do Japão;, conta.

Tarin frisa que, com criatividade e sem preocupar-se demais com regras, enrolar os ingredientes se torna algo divertido e simples. ;Na minha última experiência, usei pão de forma e os clientes acharam que era uma nova massa. Essa é a parte que acho mais divertida da minha profissão: a possibilidade de criar;, completa.

Veja na edição impressa da Revista n;377 as receitas de Gukan com tataki e de Sushi mineiro, criados pelo chef.

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