Com sintomas que só aparecem em estágios bem avançados, as doenças renais são frequentes entre os gatos. Não que os cães estejam imunes ; de acordo com a veterinária nefrologista Mayana Sodré, a insuficiência renal é um mal típico do processo de envelhecimento dos animais. No entanto, diversos fatores fazem com que os felinos sejam mais suscetíveis a disfunções, congênitas ou não, no órgão responsável por filtrar o sangue.
Até o hábito de beber água é muito mais natural para os cachorros. Os gatos evitam os líquidos e isso pode levar à cristalização de substâncias que deveriam ser excretadas no xixi, como cálcio. É assim que se formam os cálculos renais, pedrinhas que se alojam em qualquer parte do sistena urinário, e, a depender do tamanho, saem naturalmente com a urina ou, ao contrário, precisam ser retiradas com cirurgia. O veterinário Paulo César Tannus ressalta que muitos gatos só ingerem água fresca e/ou corrente. Isso limita a hidratação aos momentos em que os proprietários estão em casa para abrir uma torneira ou fornecer água nova. Os pet shops oferecem uma alternativa: vendem pequenas fontes elétricas, que, com uma bomba, fazem a água circular o tempo todo.
Segundo Mayana Sodré, algumas raças apresentam tendência genética a ter rins policísticos, o que compromete o funcionamento do órgão. É o caso dos persas Garfield e Ofélia, 8 e 7 anos, respectivamente. Aos 4 anos, a gata começou a vomitar e a perder peso. Entre animais, vômito, geralmente, é indício de retenção de ureia e creatinina no sangue. Preocupados, seus donos ; o casal de farmacêuticos Daniel Maciel, 33 anos, e Rosângela Koslyk, 34 anos ; levaram a mascote ao veterinário. Uma ultrassonografia identificou cistos em um dos rins da felina.
Leia o restante dessa história na edição impressa da Revista n;379