Se dono do mundo um dia eu for, um pedaço do Rio de Janeiro em cada cidade mandarei pôr. Tudo bem, relevem a rima pobre, mas aceitem que é algo fácil de concordar: quem não gostaria de ter um pouco da Cidade Maravilhosa sempre por perto? Essa foi uma vontade por muito tempo matutada por Frederico Bastos. Economista por formação, o filho de cariocas passou a infância entre pratos que misturavam a malemolência da capital fluminense e os temperos alemães, herança dos avós. "Ficava com minha mãe na cozinha e ia aprendendo tudo. Vi que levava jeito e me imaginava trabalhando com gastronomia", lembra.
A vida o levou por outros caminhos e ele se envolveu, durante muito tempo, com comércio. Depois do fim do casamento de 18 anos, decidiu mudar também o ramo de trabalho, misturando duas coisas das quais gostava desde pequeno: a cozinha e o Rio de Janeiro. Trouxe para Brasília o restaurante Doce Delícia, que existe há mais de 25 anos no bairro de Ipanema. "Eu passava por lá cada vez que ia à cidade. Antes, era só uma confeitaria, que começou a vender pratos salgados. Esses, hoje, são o carro-chefe", explica. No cardápio, pratos que, segundo Frederico, refletem a sociedade carioca: leves, saudáveis e sem tanta pretensão gourmet. "O Rio tem um ambiente sempre descontraído, sem preconceitos, e é esse clima que quis trazer para cá."
Aprenda a fazer dois pratos criados por Frederico Bastos. Na edição impressa da Revista n; 381, você encontra as receitas do Brasileirinho (filé de pescada com purê de batata baroa e banana) e do hambúrguer de quinoa.