De acordo com Dennis Turner, presidente da Associação Internacional das Organizações para Interação Homem-Animal, no Brasil há um cachorro para cada sete humanos e 10% dessa quantidade é de animais largados à própria sorte. A empresa Pedigree estima que 20 milhões de cães estejam abandonados no país. Os números só reforçam a importância de uma atitude ainda pouco discutida: a guarda responsável. Independentemente de ser um cachorro, um gato ou outros animais, a preocupação com a qualidade de vida dos bichos deve estar no topo da lista de quesitos antes de optar pela guarda. "Você tem que ter em mente o bem-estar dos animais, isso dá uma orientação para todo o tratamento deles", explica a diretora do ProAnima, Simone Lima.
A guarda responsável compreende, portanto, um conjunto de medidas e atitudes que tem o intuito de proporcionar a melhor convivência entre os animais e o homem, sem fazer do pet um brinquedo para ser deixado de lado no futuro. Simone explica que muitas pessoas adotam um bichinho e, depois da primeira traquinagem, decidem abandoná-lo ou simplesmente desistem daquele ser vivo. "A gente vê muita gente reclamando do comportamento do mascote, mas, na maioria dos casos, ela não fez a parte dela educando aquele ser. Deve-se pensar na convivência durante os 10 ou 15 anos de vida", esclarece.
Nas telas
Não importa se são gatos, cães ou outras espécies mais exóticas, a amizade entre o homem e os bichos é indiscutível e também faz parte da guarda responsável. Livros e filmes são boas ferramentas para conscientizar e informar os indivíduos sobre esse tipo de atitude. Com qualidade suficiente para competir com as películas norte-americanas, o filme brasileiro Almas caninas conta com a produção de dois apaixonados por cachorros e pretende abordar a questão da guarda responsável e da relação entre seres humanos e animais.
O filme foi realizado por Andréia Godoy e o roteiro é assinado pelo marido, Ricardo Bruini. "No filme, procuramos revelar os benefícios que os cães nos proporcionam, sem deixar de abordar a questão da guarda responsável e do abandono", detalha Andréia. Por meio do filme, Andréia e Ricardo procuram levantar o debate sobre o abandono dos animais. "Infelizmente, o cão ainda é tido, por muitos, como um objeto que, quando não tem mais valor, pode ser descartado nas ruas. Abandoná-lo é matá-lo aos poucos", afirma.
Leia a matéria na íntegra, na edição impressa da Revista n; 381