Qual a cara da cozinha brasileira? Taí uma pergunta difícil de responder. No meu Piauí, tem gosto de panelada, beiju e buchada. No Pará, de pato no tucupi. No Rio Grande do Sul, de churrasco e arroz carreteiro. Cada região tem suas peculiaridades. Sabores que as definem, criando diversas cozinhas espalhadas por esse país continental. Mas os chefs Rodrigo Cabral e Luiz Trigo acreditam que existe, sim, como definir a brasilidade do que comemos aqui. Usando ingredientes típicos da nossa mesa, criaram o cardápio do Ares do Brasil.
Funcionando há apenas dois meses, o restaurante ganhou esse nome a partir de um conceito que ainda não existia na capital: casas brasileiras que não são regionais. Lá, aquilo que você vê comumente na sua mesa recebe técnicas da cozinha clássica internacional, criando sabores novos mas, ao mesmo tempo, familiares ao paladar. ;Servimos uma comida brasileira contemporânea, mas fugimos do regionalismo. Hoje, temos casas mineiras, nordestinas, nortistas, mas ninguém que trabalhe o Brasil. É o que fazemos;, explica Rodrigo.
O foco principal é usar insumos tupiniquins de forma gourmet. Frango caipira, surubim defumado, fraldinha, entre as carnes; quiabo, mandioquinha, pimentão, abobrinha e outros vegetais. Nas mãos do chef Luiz Trigo, escolado nas cozinhas francesa e italiana, esses alimentos deixam de lado o ar comum e se tornam pratos elaborados. ;Quebramos a ideia de ser um restaurante regional e demos ao cardápio uma sofisticação. Usamos itens que podem ser encontrados em qualquer supermercado, que fazem parte da mesa do brasileiro, de norte a sul do país;, explica.
Leia a matéria na íntegra na edição impressa da Revista n; 383 e aprenda a fazer a Pescada ratatouille e a Paleta de cordeiro
