Criado em 1984, o cão da raça biewer terrier passou a ter o pedigree reconhecido no Brasil há apenas três meses. O documento é um certificado de registro do animal doméstico e também um título de propriedade. É a garantia de que o cão é de uma raça que segue os padrões estabelecidos pelos árbitros da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), órgão oficial de criação e registros caninos no Brasil. A nova linhagem é parecida com o yorkshire terrier, com a diferença de exibir uma pelagem tingida de três cores. Os exemplares desses animais ainda são poucos no país. O registro concedido pela Confederação, porém, é o primeiro passo em direção à popularização da raça.
Por enquanto, a nova raça, junto com outras nove, compõe o grupo de cães registrados na CBKC, que não têm o reconhecimento da Federação Cinológica Internacional (FCI). O que se conseguiu agora foi uma espécie de registro inicial. Significa que o pedigree vale no Brasil, mas outros países não tem obrigação de reconhecê-lo. Nessa categoria estão, entre outros, o pit bull, o buldogue campeiro e o toy fox terrier.
Para obter o pedigree, é necessário que o cão seja avaliado por três árbitros da Confederação, que verificam se o animal se encaixa no padrão da raça. Após essa aprovação, é preciso apresentar exame de DNA, implantar um microchip de identificação e preencher um formulário com informações sobre o bicho, como nome e data de nascimento. O processo é lento. ;Eles exigem um número específico de criadores, colocam o pedido em estudo. Tudo é avaliado por vários árbitros, que vão aprimorando até chegar ao registro definitivo;, explica Maria de Fátima Caputo, gerente administrativa do Kennel Club de Brasília, órgão associado à CBKC.
Da Alemanha para Brasília
Na capital, a única criadora de biewer é Eduarda Duarte, de apenas 14 anos. ;Eles são muito ativos, inteligentes, meigos;, descreve a adolescente. Em 2010, após ver a foto do cachorro em um site, ela decidiu trazer um biewer macho da Alemanha, chamado Nick, hoje com 4 anos. A intenção era transformar a novidade em negócio. No início do ano, a criadora resolveu investir de vez. Importou três fêmeas da Rússia, hoje filhotes de 6 meses. Como a gestação dura entre 58 e 61 dias, a primeira ninhada da nova raça deve nascer só em maio de 2013, no segundo cio.
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