O tempo passa para todo mundo, inclusive para os cães. Com o avanço dos anos, vêm uma série de novos comportamentos, manias e um ritmo de vida que exige um olhar mais atento à saúde. Fatores como uma boa alimentação e exercícios podem fazer diferença para a longevidade da mascote. Independentemente da raça, o cão adentra a terceira idade lá pelos 7 anos de vida (veja o quadro). A partir daí, as alterações são mais perceptíveis.
O temperamento dócil pode se tornar agressivo, a urina é feita em qualquer lugar, a energia para passear e brincar diminui ; sintomas surgem e deixam as visitas ao veterinário mais frequentes. Segundo a veterinária Juliana Pietroluongo, o cão geralmente apresenta um conjunto de mudanças comportamentais, além de físicas, que são sinais clínicos compatíveis com o Alzheimer humano.
Luck, um yorkshire de 13 anos, já tem suas manias. ;Há 3 anos, ele começou com a mudança de comportamento. Agora, chora à toa. Eu não posso ficar muito tempo fora de casa que ele faz até greve de fome;, explica a educadora física Natasha Asp, 24. Entre os mimos exigidos por ele está a água gelada e um pouco de arroz cozido sem tempero no almoço. O ciúmes da dona aumenta a cada dia. Natasha não esperava que ele fosse viver por tanto tempo, porque, quando filhote, tinha um problema cardíaco, que se estabilizou ao longo do tempo. Ela acredita que o segredo está nos bons hábitos. ;Fazer atividade física e ter uma alimentação saudável contribuíram para ele ter uma vida mais longa;, completa. Apesar de estar muito ativo, Luck já não tem a mesma audição e qualquer alimento que fuja da dieta causa mal-estar.
Nao é só Luck que tem seus privilégios. A estudante Daniela Bressan, 22 anos, ganhou a yorkshire Liz de Dia das Crianças quando tinha apenas 9 anos. Desde então, a cadela é a princesa da casa. Liz não tem o hábito de latir e é dócil até com pessoas de fora, mas, agora, aos 13 anos, aproveita ainda mais as mordomias. ;Ela sempre dormiu bastante, nunca foi de passear, mas agora percebo que está mais preguiçosa. Ela fica em casa, toma sol de manhã, dorme no sofá à tarde.; As irmãs de Daniela, Carolina e Cecília, de 8 e 6 anos, são responsáveis por agitar a casa e Liz. Carolina aprendeu o nome da cadelinha antes mesmo de ;papai; e ;mamãe;. E como são mais novas, para elas a mascote sempre esteve presente e foi brincalhona, e é mais difícil entenderem que o ritmo mudou. Daniela comenta que as meninas, às vezes, estressavam a Liz com muitas brincadeira, mas hoje já respeitam o espaço dela e entendem que ela está ;velhinha;.
A yorkshire apresenta alguns sinais da idade. O faro não está muito bom, assim como a audição e a visão. Também está com maior apetite e chegou a engordar um pouco. Nada fora do esperado para a idade. Daniela, porém, teme o dia em que Liz partirá. Os amigos mais antigos chegam em sua casa e comentam, mas ela não gosta. ;Eu fico brava quando as pessoas falam ;ainda tá viva;;, e torce para Liz permanecer bem até os 15 anos.
Leia a matéria na íntegra, na edição impressa da Revista n; 390.