Na década de 1980, apreciadores de vinho, uísque, conhaque e outros derivados etílicos ganharam um lugar específico da casa para exibir os melhores rótulos. Desde então, o anfitrião pode oferecer, ao alcance das mãos, um trago aos convidados. Em balcões, bancadas ou cristaleiras, esse espaço pode até ocupar todo um cômodo da casa ou apenas o cantinho de uma quitinete. O fato é que, democrático, um bar na residência é um bom pretexto para convidar os amigos a brindar.
Mas antes de preparar seus coquetéis, o arquiteto Marcelo Almeida aconselha uma reflexão. "A primeira coisa a se perguntar é se realmente preciso de um bar em casa. Para tê-lo, deve ser levado em conta o fato de gostar de bebidas, ser um aficionado na arte da coquetelaria, colecionar bebidas e utensílios, gostar de receber gente em casa e ter verba para equipar o bar", pondera. Outra coisa, segundo o arquiteto, é ser criterioso quanto ao local onde ficarão dispostas as garrafas, para que as crianças não tenham acesso.
Tendo esses pontos em mente, basta organizar o espaço para dispor garrafas, copos e coqueteleiras. Nos projetos da arquiteta Viviane Dománico, quem pede um bar normalmente é um colecionador de bebidas ou mesmo de copos. "Incorporei um bar na varanda de um casal para que tanto o marido quanto a mulher pudessem receber convidados. Para isso, criei uma bancada com duas banquetas e um espaço para as taças que a moradora coleciona de viagens pelo mundo", conta. Evitar luz intensa sobre as bebidas e investir em materiais de fácil manutenção também são fatores importantes, ensina Viviane.
No mais, leve em consideração o bom-senso estético. Em seus projetos, a arquiteta Gislaine Garonce reforça a importância de harmonizar o cantinho das bebidas com a decoração da casa. Marcelo Almeida concorda. "Definitivamente, aqueles bares visualmente pesados ficaram fora de sintonia com as tendências contemporâneas em design de interiores e mobiliário, que prezam pela leveza, pelo minimalismo e pelo apuro visual", arremata Marcelo.
Neste cômodo/adega criado pelo arquiteto Marcelo Almeida para a Casa Cor Brasília 2012, a ideia é brincar com as diferentes soluções para armazenar os vinhos na sala
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