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Frutos do mar para uma noite feliz

Camarões não fazem parte do cardápio tradicional de Natal. Está na hora de rever esse conceito, sugere o chef Paulo Maurício

Luis Rafael Feitosa Campos
postado em 09/12/2012 08:00

Iano Andrade/CB/D.A Press

Não há palavra melhor para definir as ceias de Natal da minha família que banquete. Nordestinos que adoram receber, meus pais (avós, tios e primos) sempre promovem festas grandiosas para celebrar a noite de 24 de dezembro. Isso inclui uma mesa de frios como entrada ; que dura a noite inteira para quem não consegue parar de comer ;, os pratos principais, que nunca ficam em menos de cinco e, a parte que minha mãe mais gosta, as sobremesas.
É uma cena bonita de se ver e capaz de garantir muito arrependimento aos que se preparam para o verão. Mas, nos anos em que vivi essa celebração católico-gastronômica, nunca vi frutos do mar à mesa. Chester, pernil, filé, o indefectível peru, todos deixavam a mesa mais bonita.Só que nada de peixe ou camarão. E isso sempre me fez falta, já que adoro qualquer coisa que os envolva. Não sei se quem preparava achava difícil, mas para o chef Paulo Maurício, do restaurante Ilê, dá sim para esses itens rechearem a mesa natalina. Só é preciso maior cuidado na hora de servi-los.
;O fruto do mar não é mais complicado de fazer do que a carne vermelha, é apenas mais delicado. A carne você põe lá e pode até fazer outra coisa. Já com o fruto é preciso olhar o tempo todo, ficar paparicando;, explica. Ele dá o exemplo do camarão: se fica muito tempo na frigideira, perde líquido, ganhando aspecto borrachudo. ;Você o perde, já que não irá servir algo que não é sua proposta. Ele fica assim porque não teve bom acompanhamento na hora do preparo.;
Segundo Paulo, o segredo é sempre cozinhar quase na hora de comer. O pernil pode ser feito durante a tarde e o peru precisa de horas de forno. Já camarões, peixes e lagostas só ficam perfeitos se cozidos e servidos fresquinhos.


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Camarões não fazem parte do cardápio tradicional de Natal. Está na hora de rever esse conceito, sugere o chef Paulo Maurício

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