Com o fim da ditadura do liso absoluto, o spray reconquista um lugar de destaque nas nécessaires femininas. Nas novelas e revistas de moda, os cabelos aparecem hoje mais estruturados ; caso de Giovana Antonelli, Nanda Costa e Flávia Alessandra, estrelas da novela Salve Jorge, por exemplo, cujos fios fogem da chapinha e mantêm-se modulados por mais tempo. ;Faça as pazes com o spray;, recomenda a cabeleireira Carine Chibeni a todas as suas clientes. De acordo ela, essa é a melhor forma de prolongar um penteado bonito: ;Ele congela aquele momento em que você acaba de arrumar o cabelo, seja no salão, seja em casa;.
A rejeição de muitas mulheres ao spray vem de longa data e tem dois principais motivos: algumas não sabem usá-lo da forma adequada e outras têm medo que o cabelo fique duro, como acontecia com os sprays de antigamente. Essa briga fez com que muitas mulheres não se permitissem experimentar os novos produtos disponíveis no mercado e percebessem o quanto eles estão mais flexíveis ; diferentemente do antigo laquê. ;Antes, era quase uma cola, que engessava o cabelo;, lembra Carine.
Na década de 1950, quando os topetes bem altos estavam no auge, o spray era produto de primeira necessidade em qualquer nécessaire. Em meados dos anos 1960, no entanto, como conta Sharon Cohen no livro A história dos sprays de cabelo, sua popularidade diminuiu: ;O cabelo longo e liso e a aparência natural usada por crianças, hippies e mulheres feministas não se prestavam a ser arrumados com laquê;. Foi, então, que surgiram sprays de poderes de fixação diferentes ; fraca, média, forte e extraforte ; para ocasiões e intenções diferentes.
Leia esta matéria na íntegra na edição n;402 da Revista do Correio.