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Flutuando...

postado em 24/02/2013 08:00
O curumim Paranoá foi enviado por Tupã para viver sozinho no cerrado. Jaci, a Lua, apaixonou-se por ele, desceu à Terra e virou mulher. Como castigo, Tupã mandou a Lua ficar para sempre no céu. O índio chorou tanto que formou um Rio, batizado com seu nome. Homens do século 20 fizeram uma obra de arte e represaram as lágrimas de Paranoá. Desde que o lago foi subindo, os brasilienses se encantaram por ele. O presidente bossa nova logo incentivou a construção do Iate Clube. JK passeou muito na lancha Gilda, onde fez saraus noturnos com Dilermano Reis e Elizeth Cardoso. Em fins dos anos 1960, Gilda ficava no Iate Clube, para a alegria das crianças, que lotavam a embarcação para divertidos passeios. Hoje, no espelho d'água, desfilam portentosas lanchas: dizem que a cidade sem mar tem a terceira frota náutica do país. O lago é democrático e, para deslizar nas laágrimas de Paranoá, vale até colchão inflável!

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