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Doenças crônicas ou aparentemente sem solução podem ser resolvidas com a ajuda da medicina veterinária especializada

postado em 17/03/2013 08:00
Doenças crônicas ou aparentemente sem solução podem ser resolvidas com a ajuda da medicina veterinária especializadaQuando alguém fica doente, vai logo ao pronto-socorro ou ao clínico-geral. A depender do diagnóstico, é comum encaminhar o paciente para um especialista. Na medicina veterinária, não é diferente. O número de especialidades tem crescido: cardiologia, oncologia, dermatologia, anestesia, oftalmologia, entre outras. O intuito é melhorar a qualidade de vida dos bichos e tornar os diagnósticos cada vez mais precisos.

Acompanhada da dona, a advogada Marina Azevedo, 28 anos, a basset hound Phoebe, 8, deu entrada na clínica veterinária com dois problemas: ceratoconjuntivite seca (CSS) e protusão da glândula da terceira pálpebra. O primeiro é um ressecamento da córnea e da conjuntiva causado pela falta de lubrificação nos olhos. O segundo é consequência da inflamação na pálpebra ; a glândula fica proeminente e acaba saindo do olho.

O oftalmologista veterinário Rômulo Vitelli dilatou a pupila de Phoebe e a examinou com óculos especiais. "Vamos reposicionar a glândula, mas, em casos como o de Phoebe, em que a glândula está muito inflamada, é indicado fazer a cirurgia para que ela não saia mais do lugar", explica o especialista. A propulsão da glândula da terceira pálpebra acontece geralmente por flacidez dos tecidos, por contato com poeira ou outros agentes que podem contribuir para a inflamação.

A cirurgia curará o olho direito de Phoebe, mas o esquerdo precisará de remédio pelo resto da vida. "Quando ela era filhote, a glândula desse olho inflamou, fui a um veterinário não especializado e ele a retirou", conta Marina. Foi uma decisão precipitada: Phoebe ficou sem poder lubrificar os olhos e, por isso, de tempos em tempos, tem CSS. O normal é que um cão produza de 15ml a 25ml de lágrima por segundo e a cadelinha está produzindo zero. "Recomendo que sempre que houver um problema mais grave, o paciente procure um especialista", diz Vitelli. Segundo ele, o corpo dos animais é tão complexo quanto o dos humanos. "Se, quando estamos doentes, com problema crônico, procuramos o médico específico, por que não fazer o mesmo com o animal?", pergunta.

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