postado em 19/04/2013 08:56
Rio de Janeiro - A marca carioca Reserva a algumas temporadas vem fazendo desfiles com um toque de protesto. A ideia é fazer uma crítica a indústria da moda e as pessoas que acabam a seguindo, sem fazer qualquer tipo de questionamento ao que é lhe imposto na hora de se vestir. Ontem, no Fashion Rio, quando chegou a hora da marca masculina subir a passarela, o estilista Rony Meisler, não fez diferente.Com um desfile chamado Moda, Foque! ele vestiu os modelos extamente com as roupas que vão chegar nas araras. Mas por cima, colocou uma estrutura de metal que segurava uma fantasia na frente do modelo. O designer explicou que era uma maneira de criticar o homem que vive correndo atrás da moda. "Vamos focar no que realmente interessa -- o ser humano e como ele está se comunicando com o mundo através das atitudes", anunciou.
A ideia era fazer uma critica aos estilistas que apresentam desfiles fantasiosos, com roupas que não podem ser usadas na vida real. "Qual o sentindo em apresentar algo que não será usado pelas pessoas?", escreveu no manifesto entregue a plateia. "Com bom humor e uma pitada de deboche, criamos então um desfile fantasioso de verdade", conclui.
Ao som de uma banda que tocava os clássicos de Roberto Carlos, os modelos foram entrando um a um. Cada um apresentando as roupas da coleção e uma fantasia diferente -- tinha Chapolin, presidiário, pierrot, padre. No fim, eles todos entraram na passarela para receber o aplauso final. Mas ao invés de sair pela porta do backstage -- como é de costume -- saíram pela frente, onde os convidados entram. Em seguida, se espalharam pelos corredores do evento ao som de uma nova banda que tocava marchinhas. Levando a plateia que saia da sala de desfile a entrar na festa.
A repórter viajou a convite do evento