O jornalismo sobreviveria sem internet, sem computadores e até sem canetas. Mas não tirem o café da nossa profissão ou vocês não verão mais notícia alguma. Parece exagero para quem lê, mas basta ir à redação de um grande jornal para ver o líquido preto espalhado pelas bancadas. Várias outras carreiras, também, poderiam ser colocadas entre as dependentes de café. Vide a alcunha que o médico Luzinan Rodrigues ganhou após se apaixonar por ele: mestre torrefador. Em 2004, depois de visitar uma fazenda modelo de produção do grão, começou a se especializar nele.
"Como sou médico, comecei a ler artigos científicos sobre o café para me aprofundar no assunto e fui me interessando ainda mais." Tempos depois, comprou uma marca e, para administrar o negócio, perdeu as contas das visitas ao Sindicafé, em Belo Horizonte. "Fiz vários cursos lá, como os de prova, de seleção, de torra etc. Com eles, tornei-me um mestre torrefador e decidi investir nisso."
A paixão foi tanta que ele resolveu também vender os produtos para o café perfeito e montou a Cook. Unindo duas marcas tradicionais no ramo, a loja traz a concepção de "gourmet experience". "O conceito é de você ter um espaço de demonstração no qual o cliente não venha comprar apenas: ele vem, toca, prova, olha, sente, escuta o aparelho e entende a necessidade dele. A fim de que possa usar todas as funções do que compra", explica. Para que isso aconteça, todos os sábados são oferecidas aulas de culinária e de degustação de café. Os pratos são feitos tanto por chefs convidados como pelo próprio Luzinan, sempre primando por receitas simples, baratas e rápidas.
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