postado em 28/07/2013 08:00
Surpreendentemente, os humanos não são os únicos a sofrer com espinhas. Cães e gatos também são acometidos pelo problema. O veterinário Gustavo Seixas, especialista em dermatologia, explica que a acne em animais é um distúrbio de queratinização bastante comum, mas que tende a ser confundido com outras irritações cutâneas. Pode-se levar meses até que seja diagnosticado e tratado corretamente.
A fisioterapeuta Karin Umbria, 43 anos, consultou diversos profissionais. Por fim, descobriu que seus gatos sofriam apenas de acne felina. Nina e Betão, hoje com 11 anos, foram filhotes "espinhosos". Karin explica que não deu muita bola para os pontinhos pretos no queixo e na boca, que desapareceram naturalmente. Contudo, há cerca de um ano e meio, houve uma recaída. A fisioterapeuta se limitou a fazer limpezas mais profundas na região, no que foi apoiada pela veterinária responsável pelos bichanos.
Porém, poucos dias depois, a situação se agravou e as irritações viraram feridas. "Ficou bem severo, eles sentiam dor quando a gente passava a mão", explica Karin. Quando levou os gatos novamente ao consultório, a acne foi confirmada. O tratamento receitado foi à base de antibióticos, para conter as inflamações. A veterinária encaminhou Nina e Betão para um especialista e os gatos puderam, enfim, ter alívio. Karin explica que, além do medicamento, usou xampus e sabonetes especiais para ajudar na recuperação. Encontrar os produtos ideais, contudo, foi tarefa complicada, pois cada animal reage de uma forma. Nas primeiras tentativas, houve queda de pelos. No fim, deu tudo certo.
Gustavo Seixas explica que a acne ocorre de forma diferenciada em cães e gatos. Em felinos, costuma aparecer em volta dos lábios. "Caracteriza-se por acúmulo de material seborreico escuro e, com o tempo, pode evoluir para perda de pelos e vermelhidão", explica o especialista. Quadros mais complicados incluem a formação de pústulas. Já em cães, a acne se concentra na região mentoniana (queixo) e nos locais onde os folículos são mais grossos, como no focinho e na área dos olhos. Pode atingir todo o corpo em casos mais sérios. Traz a perda de pelos, vermelhidão e pequenos caroços avermelhados, com pus e/ou sangue.
Leia a reportagem completa na edição n; 428 da Revista do Correio.