De origem árabe, o azulejo aportou no Brasil com os colonizadores portugueses. Era um símbolo de nobreza, ostentado em casarões, conventos e igrejas. Com o passar dos séculos, ele se integrou plenamente. Vide o trabalho do designer mineiro Alexandre Mancini, pupilo de Athos Bulcão, artista que coloriu o concreto modernista brasiliense durante a construção da capital. Hoje, essa estética ultrapassou paredes internas e fachadas para estampar vestidos, calças, bolsas, sapatos, acessórios, papel de parede e até eletrodomésticos. Tendência que já se destaca nas vitrines, o desenho e as cores da azulejaria devem permanecer no verão deste ano. Coleções de Roberto Cavalli e de Valentino já mostraram, em 2012, que é possível transpor esse luxo da arquitetura para a cena da moda. No Brasil, grifes famosas e lojas de departamento embarcaram na ideia. Gostou? Então, é hora de azulejar!
1. Calça Avanzzo (R$ 279,80)
2. Colar Manu Romano (www.zuinn.com.br/manuromano), nos tamanhos pequeno (R$ 80), médio (R$ 100) e grande (R$ 120)
3. Biquíni Blue Man (R$ 185)
Cozinha chique
Batedeira Kitchen Aid, por Amir Slama. Edição limitada da badalada marca de eletrodomésticos Kitchen Aid, a batedeira apresentada na Casa Cor São Paulo do ano passado teve assinatura do designer brasileiro Amir Slama. Inspirado em azulejos, o exemplar custava nada mais nada menos que R$ 1.690
4. Baralho da Fundação Athos Bulcão (R$ 45)
5. Blazer Avanzzo (R$ 348,80)
6. Adesivos da I-Stick (www.istickonline.com), por R$ 179 (kit com 30 unidades, 15cm x 15cm)
7. Caneca da Fundação Athos Bulcão (R$ 30)
8. Azulejos Alexandre Mancini, na Fundação Athos Bulcão (preço sob consulta)
9. Livro de receitas com estampa de azulejo da www.papelaria.ind.br, por R$ 135
Um pouco de história
A contribuição de Portugal no campo da azulejaria repercute no Brasil desde o período colonial. A arquitetura brasileira ; da colônia à atualidade ; usa amplamente o azulejo em fachadas, painéis decorativos, espaços internos e externos. Os grandes casarões coloniais das regiões açucareiras do país; os sobrados e o casario dos principais centros urbanos; os conventos e as igrejas barrocas atestam a importância do emprego do azulejo entre nós. Importados de Portugal, mas também da Espanha, da Holanda e da França, eles ornamentam as construções do Brasil independente, fazendo-se presentes em frisos, arremates e painéis. A arquitetura brasileira do século 20 assiste à utilização dos azulejos em obras públicas e residenciais. Mais tarde, a arquitetura moderna retoma o azulejo como elemento decorativo importante. Entre alguns exemplos, a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte (MG) e a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, ambas com azulejos de Athos Bulcão.
(Fonte: www.itaucultural.org.br)