Na semana que marcou o início da temporada de exposições da cidade, veio a triste notícia da perda do querido mestre Glênio Bianchetti. No sábado, 15, foi o lançamento da caderneta de Raph Gehre, na Galeria Alfinete. Glênio não foi, já estava adoentado. Sua falta foi sentida. A pracinha da comercial da 116 Norte, tomada de colagens do coletivo Irmãos Colagens, ficou lotada de artistas plásticos de todas as idades e admiradores de Ralph, muitos ex-alunos de Glênio.
Acho que o generoso professor se encantaria em ver o trabalho criativo de Raquel Nava e André Santangelo, na Objeto Encontrado, em exposição aberta no dia que foi anunciada a perda do pintor.
Na semana que passou, ganhamos esperada mostra de Yayoi Kusama (fotos) no CCBB. Neste fim de semana, tem a inauguração do Jardim Baixo da galeria Matéria Plástica, com a instalação de quatro esculturas em aço de Luiz Gallina e recital solo de Pachá Gallina. Mais um evento que o amigo não perderia.
Bianchetti deveria estar contente de ver a cidade ; que, junto com sua Ailema, ajudou a educar do ponto de vista artístico ; com várias novas galerias e na rota das grandes exposições internacionais. Na caderneta de Ralph, está escrito:
"Perdeu
O que se perdeu já não pertence
Perder é uma forma de tarefa entre coisas e pessoas
Há uma chance de perder, sempre
Não se perdem pessoas..."
Raph Gehre