Na entrada de Brazlândia, uma chácara com um enorme campo de futebol é o refúgio do piauiense candango Francisco Galeno. O artista plástico veio menino para a capital e, em Brazlândia, fez sua vida. Na parte de cima de sua casa, fica o seu ateliê principal, onde passa boa parte do ano, mas ele tem outro no Delta do Parnaíba (PI). Ateliês são fascinantes e revelam muito da alma dos artistas. O estúdio do cerrado é de madeira e se parece com ele na simplicidade, no uso das cores e no jeito de ser nordestino. Referências da infância, muita tinta, fotos e livros convivem com o artista e o ajudam a criar os trabalhos que o fazem reconhecido como um dos melhores artistas da cidade e do país. Comparado a Alfredo Volpi, ele recebeu do Iphan a missão de substituir a obra destruída do pintor ítalo-brasileiro que ornava originalmente a Igrejinha da 307/308 Sul.
Até o fim deste mês, é possível conhecer mais do trabalho de Galeno numa exposição no Museu dos Correios (SCS), com curadoria de Ralph Gehre.