O nome popular da doença já desencadeia o preconceito: lepra. A aparência da manifestação da enfermidade é outra razão para temer a convivência com os pacientes infectados pela bactéria Mycobacterium leprae. Justamente para informar as pessoas sobre as causas e cuidados para se proteger contra a hanseníase, além de minimizar a discriminação contra os pacientes, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, lança hoje, Dia Mundial de luta contra a Hanseníase, o documentário ;Paredes Invisíveis ; Região Nordeste.;
O vídeo produzido pela SDH/PR reúne depoimentos de brasileiros atingidos pela hanseníase que foram submetidos à internação compulsória em hospitais-colônia, nos estados do Nordeste. A obra tem como objetivo resgatar a história das vítimas da hanseníase que conseguiram reconstruir suas vidas com a indenização concedida pelo Governo Federal por meio da Lei 11.520/2007.
Segudo dados do Ministério da Saúde, em 2011, foram registrados no Brasil mais de 33 mil casos da doença.
Há manifetsações diferentes da doença, como explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia:
Hanseníase Tuberculóide
Forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma ou poucas manchas pálidas na pele. Ocorre quando a patologia é paucibacilar (com poucos bacilos), ou seja, não contagiosa. Alterações nos nervos próximos à lesão, podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase Borderline
Forma intermediária da doença. Há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensas, em alguns casos é difícil precisar onde começa e onde termina.
Hanseníase Virchowiana
Forma grave da doença, multibacilar, com muitos bacilos, e contagiosa. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetado