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A tendência é não ter tendência. Pelo menos é isso que se pode notar no segundo dia de SPFW. As coleções de verão 2016 estão mostrando que a moda já não segue mais duras regras impostas pela estação. A Osklen, por exemplo, apostou no preto e no cinza para a estação quente, cores sempre muito atribuídas aos dias frios. Os tons escuros e terrosos também fizeram parte da cartela escolhida por Lilly Sarti. Na passarela, a grife apresentou peças em tons de vinhos e de ferrugem, cores tidas como sóbrias, predominantes no inverno.
O mesmo acontece com a beleza. Maquiadora sênior da MAC, Fabiana Gomes, garante que o que vai ditar a maquiagem é a preferência pessoal, o estilo de vida e os traços físicos. Maquiagem vai ter que combinar com o tom da pele, com a cor do cabelo e até com a escolha do brinco. Ela diz que os tons avermelhados e vinhos para a boca serão tão usados quanto os mais naturais, bem clarinhos. Nos olhos, delineadores meio borrados ganharão status de fashion, assim como as sombras "sujas", como ela definiu, ao contrário dos tons vibrantes e muito coloridos de outros verões.
Algumas apostas, no entanto, podem ser feitas. Na maquiagem, Fabiana diz que as peles estão cada vez mais naturais, corrigidas apenas em defeitos pontuais. "Vi na passarela brilho no rosto em regiões onde antes nos preocupávamos em corrigir, como a região T. Isso mostra que logo as pessoas estarão deixando a pele mais limpa. Todas as tendências levam um tempo para sair dos desfiles e ir para a rua", afirma.
Na moda, algumas repetições podem ditar o tom do que será usado, como uma alfaitaria cada vez mais desconstruída. Blazer, calças, bermudas perdem o ar sério e careta para ganhar decotes profundos e muita transparência. Até mesmo o jeans básico vem repaginado, como na Ellus, que inovou nos cortes de jaquetas e misturou jeans com tecidos mais leves e fluidos.