Revista

Menos e um pouco mais

O novo minimalismo tem graça e uma dose de cor. O segredo está na escolha das peças certas para dar personalidade clean, mas cheia de charme, ao ambiente

Juliana Contaifer
postado em 24/02/2016 08:00

O minimalismo é uma corrente conhecida do design. Poucas cores, poucos móveis, poucos adornos. A tendência foi criada na década de 1980 como um contraponto ao maximalismo da época e chega a 2016 repaginada. Os ambientes continuam amplos e claros, com pouca informação visual, mas um pouco de cor torna o cômodo mais contemporâneo.

"Acho que o minimalismo hoje tem mais a ver com o nosso estilo de vida. Somos mais práticos, mais objetivos, mais elegantes. Pra mim é isso, é usar os objetos de forma inteligente e elegante", explica o arquiteto Eduardo Sáinz. Ele conta que o minimalismo é, normalmente, uma forma de evidenciar o mobiliário. Por exemplo, uma peça de design barroco, sempre com adornos exagerados, funciona em um local minimalista caso seja um cenário extremamente limpo. "O importante é que o ambiente conte uma história."


Segundo o arquiteto Júnior Piacesi, o minimalismo atualmente mistura o menos com um pouco a mais. "O espaço bem resolvido não precisa estar cheio de coisas. Acredito que o minimalismo não é o tudo branco. O novo minimalismo é uma maneira de criar uma surpresa, resolvendo a funcionalidade com aconchego", explica.

A ideia é que o ambiente seja atemporal, simples, mas flexível o suficiente para comportar peças coloridas e diferentes, que evitem que o proprietário enjoe da decoração. A contemporaneidade e a atualização do ambiente viria de peças soltas, que podem ser trocadas.

Ambiente projetado pelos arquitetos Eduardo Sáinz e Lilian Glayna

O ambiente projetado pelos arquitetos Eduardo Sáinz e Lilian Glayna é um clássico do minimalismo. Paredes claras, poucos móveis, linhas retas. O toque contemporâneo fica por conta dos quadros apoiados na parede, das almofadas roxas e do sofá estampado.



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