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Papéis de parede acrescentam camadas de sofisticação

A novíssima geração de papéis de parede não tem nada de básica: estampas e texturas buscam inspiração na artes plásticas

Os papéis de parede vêm ganhando lançamentos tão sofisticados e artísticos que merecem ser chamados de revestimento. Por isso, cada dia mais eles têm espaço garantido em projetos de arquitetura e de decoração, seja em residências, seja em estabelecimentos comerciais.

Na semana passada, esteve em Brasília a holandesa Lotte Tiemessen, gerente de exportação da marca holandesa Eijffinger, de papéis de parede e tecidos. À Revista do Correio, ela falou sobre particularidades da decoração em seu país e sobre as tendências mundiais. O gerente de produtos Ricardo Paiva, da Orlean, empresa de revestimentos de parede e tecidos, estima que as apostas do mercado ficam em voga por 6 a 8 anos ; período bem inferior à durabilidade média do material.

Ricardo Paiva percebe que os brasilienses têm uma predileção por textura e brilho. "E as listras são as estampas mais populares de todos os tempos", acrescenta. Na Europa, segundo Lotte, ousa-se mais na variedade de cores e nas estampas, algumas bem grandes. Ela conta que os holandeses costumavam colocar papéis apenas em uma das paredes da cada cômodo (aplicação muito usada aqui), mas, agora, preferem cobrir tudo, sem medo de misturar estampas.

A especialista citou o tom mostarda como uma das cores mais usadas na Europa. O Brasil segue a tendência. Não à toa: a tonalidade foi aposta da Pantone. A combinação de azul com marrom também foi citada por Lotte como tendência forte em sua terra natal.

Na leitura de Paiva, a estética das grandes estampas já chegou ao Brasil, mas a novidade ainda precisa ser mais bem compreendida pelo público. "Esses papéis ainda não fazem parte do gosto brasileiro, o que traz um valor de exclusividade. Quando explicado ao cliente, isso gera bastante interesse", resume.