Jornal Correio Braziliense

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Pais e filhos se exercitam juntos para permanecerem mais próximos

Muitos pais começam a praticar exercícios físicos para estarem mais perto dos filhos. Os benefícios vão além da saúde, já que as atividades estreitam a relação a dois

Mergulhe junto

Diferentemente de João Cahuê e João Lucas, a relação do bancário e contador Fábio Ancelmo, 35, com a pequena Marina, de 1 ano, está apenas começando. Desde os 6 meses, uma vez por semana, ela faz aula de natação e esse é o momento de o papai acompanhá-la. Tudo começou como uma forma de estimular o crescimento do bebê, mas, com o tempo, se transformou em uma atividade divertida entre pai e filha. ;É muito legal estar ao lado dela, até por causa da correria do dia a dia e do fato de ela dormir cedo e eu chegar tarde. Então, ter essa chance, é ótimo. É o nosso momento!”

A filhota ainda não pode falar, mas, durante as aulas, mostra o quanto aprecia a atividade. ;Ela adora. Fica superfeliz e até mergulha;, orgulha-se o pai. Para Fábio, a presença dele na piscina também serve como estímulo para a filha, dá mais segurança a ela e aumenta o vínculo entre os dois.

A professora do programa baby da Companhia Athletica, Janete Barbosa, explica que a participação do pai na atividade é fundamental, pois os bebês os têm como espelho. E, nas aulas, isso não é diferente: os pais fazem os movimentos e geram estímulo para que os pequenos os reproduzam sozinhos.

Na natação para bebês, trabalham-se o mergulho; o equilíbrio; a flutuação; os saltos; a rotação de braço, no movimento crawl e costa, além de focar no desenvolvimento motor da criança, tendo repercussão durante toda a vida. E tudo isso é feito com a ajuda dos pais, o que também influencia o lado socioafetivo da criança. ;Sabemos que o amor de pai é incondicional, porém, nas aulas, isso fica bem explícito. Podemos observar os laços afetivos em todos os movimentos e atividades;, explica a professora. Fábio concorda e deixa um lembrete para os outros pais: ;É importante estar com os filhos, estar junto e querer participar. É bom para a relação dos dois e para o desenvolvimento da criança;, finaliza.