Amanda Ferreira - Especial para o Correio
postado em 31/12/2017 07:00
As confraternizações de fim de ano vêm acompanhadas das mais variadas opções de bebidas para deixar os encontros ainda mais animados. Mas a euforia excessiva pode levar a beber além da conta e trazer, no dia seguinte, a tão conhecida ; e temida ; ressaca. Ela nada mais é do que um conjunto de sintomas de uma intoxicação, que acontece quando o corpo não consegue metabolizar a quantidade de álcool ingerida.
O diagnóstico e o tratamento são simples, mas os sintomas podem dar um pequeno trabalho aos mais desavisados. Com a chegada do álcool, alguns órgãos ficam desequilibrados e o metabolismo, desorganizado. O fígado, apesar de não doer, é o que mais sente, pois não possui a enzima específica que metaboliza o álcool. Por isso, acaba produzindo outras substâncias tóxicas ao organismo e causando sintomas como cefaleia e mal-estar, explica o clínico geral Marcos Pontes, do Hospital Maria Auxiliadora.
;Quando as pessoas estão bebendo, dificilmente ingerem outros líquidos. A desidratação dificulta ainda mais o processo de absorção do corpo;, alerta o médico. Segundo Pontes, a condição não gera nenhum dano definitivo. A atenção deve ser direcionada ao paciente que consome o álcool de forma abusiva e tem vários episódios de ressaca, que deixam o indivíduo mais vulnerável e predisposto a doenças.
Para o clínico geral Luciano Lourenço, do Hospital Santa Lúcia, a ressaca não é só um padrão pessoal e tem, sim, interferência em todos que estão à nossa volta. ;Não é só quando estamos alcoolizados que podemos gerar danos ao ambiente em que vivemos. Durante a ressaca, produzimos menos, dirigimos mal e temos nosso humor e reflexos afetados, por exemplo;, ressalta o especialista.