<div style="text-align: justify">O clima de verão é convidativo e chama para momentos de diversão. E uma das melhores companhias para as caminhadas pelas ruas são os bichos. Mas é também nessa época que a proliferação de parasitas vira uma ameaça para eles. Além de carrapatos e pulgas, especialistas alertam que os cuidados devem estar em picadas de insetos como o Aedes aegypti e o mosquito-palha, que transmitem a febre amarela e a leishmaniose.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O contágio dependerá de cada tipo de parasita. Porém, segundo a médica veterinária Carla Storino Bernardes, especialista em clínica geral da Cobasi, na grande maioria, transmitem-se parasitas de duas formas. Primeiro, por contágio direto, na socialização entre os animais. Ou então, pelo ambiente ; na ingestão de ovos e larvas presentes no solo ou nas fezes de animais infectados.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/01/21/654444/20180119191637262851o.JPG" alt="Clara cuida de Aiyra, a boa companheira de filmes: "É bom olhar se está tudo certo"" />São muitas as doenças causadas por parasitas. ;Doenças transmitidas pelos carrapatos, como a erliquiose e a babesiose, devem ter uma atenção especial, pois podem ser fatais;, diz Carla. Pulgas e carrapatos são as formas mais comuns de parasitas, facilitadas pelo contato com outros animais em um simples passeio no parque.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Partilhar apetrechos como a caminha e as roupinhas, por exemplo, pode ajudar a propagar os parasitas. De acordo com a médica veterinária Priscila Brabec, a melhor maneira de combatê-los é a prevenção, limpando o ambiente com produtos específicos, aplicando remédios contra pulgas e carrapatos nos pets e mantendo visitas frequentes ao veterinário de confiança.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;É recomendado que o tutor cheque as dobrinhas e pelos. Os carrapatos se escondem em locais menos expostos, como entre os dedos ou dentro das orelhas;, orienta Priscila. Por mais que o dono não veja pulgas e carrapatos nos animais, segundo a médica veterinária, é importante aplicar produtos específicos de prevenção de parasitas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;É um fator importante dizer que 95% do ciclo de vida desses parasitas acontece no ambiente e não no animal;, explica Priscila. Parceira da Comissão de Animais de Companhia (Comac) e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), ela lembra que o repelente também é importante neste período de maior infestação de parasitas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O uso de produtos que também atuam como repelentes, de acordo com Priscila, ajuda a prevenir doenças como a leishmaniose e a dirofilariose (popular verme do coração), que podem ser transmitidas aos pets pelos mosquitos. A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha. A contaminação da dirofilariose acontece por meio de mosquitos das espécies culex e Aedes aegypti.</div><h3 style="text-align: justify">Sempre de olho</h3><div style="text-align: justify">Estudante de comunicação organizacional da Universidade de Brasília (UnB), Clara Maul, 19 anos, sempre teve a companhia de um cachorro, desde muito pequena. Depois que o seu labrador Chicão morreu, ela começou a sentir muita falta do velho companheiro. Percebendo a sua angústia, o padastro a presenteou com Aiyra, uma linda labradora da pelagem toda preta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Como boa representante da raça, Aiyra é muito levada e carente. ;Você pode passar o dia inteiro fazendo carinho nela que à noite ela ainda vai te pedir mais;, diz a estudante. Além de carinhosa, a cadelinha também é uma ótima companheira de filmes e séries na tevê. ;Descobri que ela gosta de assistir a Jurassic Park. Fica olhando os dinossauros passando na tela, superatenta;, conta Clara.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para evitar que Aiyra tenha problemas de saúde, ela fiscaliza, rotineiramente, as patas, entre os dedos, atrás das orelhas e lugares onde os parasitas gostam de se esconder. Desde que o veterinário de confiança dela receitou Bravecto, um remédio contra pulgas e carrapatos, a labradora nunca mais teve problema com isso. ;Mas, mesmo assim, é sempre bom olhar se está tudo certo;, diz Clara.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A médica veterinária Luiza Jacó Cavalcanti e Cysne, da clínica Petit Animale, de Águas Claras, explica que existem, no mercado, comprimidos que protegem o animal de 30 dias a três meses. Além disso, há coleiras que também repelem mosquitos transmissores de parasitas, mas é necessário que também seja eficaz contra a leishmaniose. ;A minha única contraindicação é nos casos de reação alérgica aos componentes, que é uma resposta individual;, ressalta Luiza.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/01/21/654444/20180119191643997372e.jpg" alt="Greyco usa carrapaticida no canil e no gramado: prevenção também com coleiras" />O advogado Greyco Loureiro, 42 anos, e sua mulher, a pedagoga Alessandra Loureiro, 43 anos, criam cães da raça buldogue inglês desde 2011. Em 2014, abriram o Canil Loureiros;s Bulls. ;Os buldogues são muito amáveis e preguiçosos. Enquanto filhotes, costumam ser bem brincalhões e até bagunceiros, mas, quando crescem, se tornam a companhia perfeita;, conta Greyco orgulhoso.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;Quando morávamos no Lago Norte, era mais frequente a presença ocasional de carrapatos. Depois que nos mudamos, há dois anos, não nos deparamos com a presença desses parasitas;, relembra. Para evitar a contaminação, Greyco faz o controle do ambiente no canil e no gramado de casa, com carrapaticida. ;Nos cães, utilizamos coleiras repelentes como forma de prevenção. ;Além disso, nossa veterinária de confiança acompanha permanentemente a saúde de nossos cães e nos orienta sempre que necessário;, diz.</div><h3 style="text-align: justify">Sintomas</h3><div style="text-align: justify">Quando afetados pelos parasitas, os bichos costumam ter sintomas como diarreia, prostração, vômitos e falta de apetite. O diagnóstico definitivo é obtido com exames complementares, como hemograma e coproparasitológico (exame de fezes).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;O tratamento é, na maioria dos casos, à base de antibioticoterapia, de alimentação adequada e correção dos sintomas, além da vermifugação periódica para controle da giárdia;, explica a veterinária Luiza Cysne. No caso dos gatos, mais atingidos por pulga, esse parasita pode provocar a micoplasmose, que é detectada por meio de hemograma e sorologias.</div><h2 style="text-align: justify">Os que mais atacam</h2><h3>Principais espécies de pulgas:</h3><div style="text-align: justify"><strong>Ctenocephalides canis e Ctenocephalides felis</strong></div><div style="text-align: justify"><ul><li>Parasitas preferenciais de cães e gatos</li></ul></div><div style="text-align: justify"><strong>Pulex irritans</strong></div><div style="text-align: justify"><ul><li>É a que mais ataca o homem; pode se alimentar também do sangue de outros hospedeiros.</li></ul></div><div style="text-align: justify"><strong>Xenopsylla cheopis</strong></div><div style="text-align: justify"><ul><li>É a pulga dos ratos domésticos, principal transmissora da peste bubônica</li></ul></div><h3 style="text-align: justify">Principais espécies de carrapatos: </h3><div style="text-align: justify"><strong>Amblyomma</strong></div><div style="text-align: justify"><ul><li>Carrapatos nativos que parasitam os cães de forma acidental, pois os hospedeiros naturais são animais silvestres.</li></ul></div><div style="text-align: justify"><strong>Rhipicephalus sanguineus</strong></div><div style="text-align: justify"><ul><li>Única espécie do gênero que conseguiu se estabelecer nas Américas, são parasitas primários de cães. Têm origem na região afrotropical e vieram junto com os animais domésticos na época da colonização.</li></ul></div><div style="text-align: justify"><strong>Fonte: </strong>Carla Storino Bernardes, médica veterinária especialista em clínica geral da Cobasi</div><div style="text-align: justify"> </div><h3>Agradecimentos</h3><div style="text-align: justify"><strong>Canil Loureiro;s Bulls</strong></div><div style="text-align: justify">Facebook: facebook.com/LoureirosBulls</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Cobasi</strong></div><div style="text-align: justify">Site: cobasi.com.br</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Petit Animale </strong></div><div style="text-align: justify">Site: petitanimale.com.br</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">*Estagiário sob supervisão de Valéria de Velasco, especial para o Correio </div>