<div style="text-align: justify">Aos 18 anos, Diego Yamazaki colocou uma ideia na cabeça: seria sushiman. ;Na época, achava que a profissão dava muito dinheiro;, justifica. Recém-chegado a Brasília, ao sair de um emprego de telemarketing ele concluiu que era chegada a hora de pôr o plano em prática.</div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/02/04/657253/20180201161306799858u.JPG" alt="Em menos de 10 anos o chef alcançou seus objetivos. Hoje, comanda casa onde oferece a iguaria japonesa para todos os gostos, contemplando também os veganos" /></div><div style="text-align: justify">A realidade, porém, era que a sua única experiência com a cozinha japonesa tinha sido um jantar que ele ajudou um amigo a preparar em Aracaju, cidade onde o paulistano viveu toda a infância e adolescência. Yamazaki também já tinha visto a mãe, filha de japoneses, e a avó cozinharem pratos típicos dos ancestrais. Mas, na época, ele nem apreciava a culinária asiática, portanto, não provava o tempero familiar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nada, porém, demovia o jovem da obsessão de ser sushiman. E ele decidiu buscar emprego em um restaurante japonês que abriria as portas dali a alguns dias. Recebeu a promessa de que seria ajudante de garçom e chegou a fazer um treinamento de uma semana, mas, na véspera da inauguração, foi dispensado. ;Eu fiquei arrasado, mas não desanimei.;</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Dias depois, viu, nos classificados de um jornal, que uma boate estava precisando de um sushiman. ;No meu currículo, coloquei que tinha feito um curso de origami no Meliá. Acho que leram errado e pensaram que eu tinha feito um estágio de gastronomia lá;, diverte-se. Yamazaki foi, então, chamado para um teste. ;Perguntei no telefone se precisaria limpar peixe. Diante da resposta positiva, passei a véspera do teste assistindo a tutoriais no YouTube;, conta, aos risos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Acabou conseguindo o emprego. ;Tinha um cardápio preparado pelo chef anterior em que havia vários pratos com nomes em japonês. Coloquei no Google, descobri o que eram e me virei para aprender a executá-los. Fazia uns cortes de peixe mais grossos, mas fazia sucesso;, conta. Por sorte, só saíam de três a quatro combinados por noite.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify">Lições valiosas</h3><div style="text-align: justify">De lá, Yamazaki foi trabalhar em um restaurante japonês em Águas Claras. Dessa vez, havia um sushiman de verdade, com quem teve preciosas lições. Aí, sim, o jovem começou, de fato, a se tornar um profissional. ;Eu era assistente do chef Takeo, que era um sushiman de mão cheia;, recorda-se.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O mestre acabou se mudando para São Paulo para ajudar a montar um restaurante. Meses depois, insatisfeito com o trabalho em Águas Claras, Yamazaki aceitou o convite de ir se aventurar em terras paulistas ao lado de Takeo. Lá, aprendeu boa parte do que sabe hoje. ;Eu ia sempre ao bairro da Liberdade, conhecia os restaurantes. Também trabalhei em várias casas.;</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De volta a Brasília, em 2011, Yamazaki passou por vários restaurantes japoneses famosos da cidade e chegou a iniciar a faculdade de gastronomia. Agora, ele podia, de fato, ser chamado de sushiman. E, assim, assumiu a alcunha de Yamazaki San.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No fim de 2013, o jovem colocou outra ideia na cabeça: agora, seria dono do próprio restaurante. Mas ainda faltava dinheiro. Como o aluguel da kit em que morava estava alto e ele viu que havia um ponto comercial para alugar na 408 Norte, decidiu se mudar para o lugar e, aos poucos, ir montando o negócio.</div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/02/04/657253/20180201161414495613e.JPG" alt="Em menos de 10 anos o chef alcançou seus objetivos. Hoje, comanda casa onde oferece a iguaria japonesa para todos os gostos, contemplando também os veganos" /><br /></div><div style="text-align: justify">E, assim, foi comprando um balcão daqui, um freezer dali... ;Até que já não cabia mais o meu colchão no lugar.; Estava na hora de realizar o seu segundo maior sonho. Em 2016, o Zaki Sushi abriu as portas. ;No começo, fiquei em dúvida como seria o formato do restaurante. Decidi, então, que serviria no quilo, no rodízio e à la carte. Para todos os gostos.;</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Yamazaki teve ainda uma ideia que se tornaria o grande diferencial do restaurante: montou um cardápio vegano. ;Para cada prato tradicional, eu tento reproduzir um vegano.; Assim, há até sashimi para aqueles que não comem qualquer tipo de proteína animal. ;Em vez de peixes e frutos do mar, uso cogumelos, frutas da estação, broto de bambu, tofu empanado, queijo de castanha...;, enumera. Tem até koni de pequi, sugestão de uma cliente, que o sushiman desenvolveu e faz o maior sucesso.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify">Criatividade</h3><div style="text-align: justify">Hoje, segundo Yamazaki, o movimento se divide igualmente entre o cardápio vegano e o tradicional. Uma das estrelas do menu do Zaki é o poke. O prato, de origem havaiana, começou a ser servido no local bem antes de virar moda no Brasil. ;Chegamos até a oferecer algumas receitas peruanas, mas não deu certo. Fomos então para o poke. Isso ainda em 2016;, conta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para a coluna, Yamazaki ensina a receita de dois pokes: um tradicional, feito com salmão, e outro vegano, à base de shitake, shimeji e berinjela. ;Quem optar pelo rodízio, pode degustar tanto os pratos tradicionais quanto os veganos, assim como os à la carte;, explica. ;Tentamos também cobrar um preço mais acessível. Não posso dizer que é barato, porque os insumos da gastronomia japonesa são muito caros.; No rodízio, é cobrado R$ 63,90 por pessoa e o quilo sai por R$ 81,90.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Yamazaki está sempre criando novas opções para o cardápio, como o salmão black ; o peixe é marinado por 24 horas no shoyu ; ou o Moranguinho, uma sobremesa feita com uma espécie de sushi de goiabada e creme de morango e finalizada com raspas de limão. Agora, planeja ir para um ponto maior, na mesma quadra. ;Estamos em reforma, mas ainda não sei quando nos mudaremos.; E, assim, o rapaz, hoje com 29 anos, realizou o sonho de adolescência e pode ser chamado de sushiman.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify">Poke tradicional</h3><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/02/04/657253/20180201161316518171e.JPG" alt="Prato poke de salmão e shimeji do Chef Diego Yamazake no restaurante Zaki Sushibar, na 408 norte." /> </div><div style="text-align: justify"><strong>Ingredientes</strong></div><div style="text-align: justify">50g de cubos de salmão</div><div style="text-align: justify">25g de shimeji</div><div style="text-align: justify">25g de shitake</div><div style="text-align: justify">6 colheres de sopa de shoyu</div><div style="text-align: justify">1/2 xícara de água</div><div style="text-align: justify">Óleo de gergelim</div><div style="text-align: justify">1 colher de sopa de azeite</div><div style="text-align: justify">Suco de 1/2 limão</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Modo de fazer</strong></div><div style="text-align: justify">Corte o shitake e desfie o shimeji. Refogue-os com três colheres de shoyu, 1/2 xícara de água e um pouquinho de óleo de gergelim. Mexa por uns 10 minutos até cozinhar. Reserve.</div><div style="text-align: justify">Quando estiver frio, acrescente o salmão cru, cortado em cubos.</div><div style="text-align: justify">Em um bowl, sobre uma cama de arroz (pode ser normal ou japonês), coloque os cogumelos e o salmão. Acrescente 3 colheres de shoyu, o suco de ; limão e uma colher de azeite. Misture e sirva frio.</div><div style="text-align: justify">Pode acrescentar salsinha e chip de batata-doce.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify">Poke vegano</h3><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/02/04/657253/20180201161322731009i.JPG" alt="Prato poke vegano do Chef Diego Yamazake no restaurante Zaki Sushibar, na 408 norte." /> </div><div style="text-align: justify"><strong>Ingredientes</strong></div><div style="text-align: justify">30g de shimeji</div><div style="text-align: justify">30g de shitake</div><div style="text-align: justify">40g de berinjela</div><div style="text-align: justify">6 colheres de sopa de shoyu</div><div style="text-align: justify">1/2 xícara de água</div><div style="text-align: justify">Óleo de gergelim</div><div style="text-align: justify">1 colher de sopa de azeite</div><div style="text-align: justify">Suco de 1/2 limão</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Modo de fazer</strong></div><div style="text-align: justify">Corte o shitake e desfie o shimeji. Refogue-os com três colheres de shoyu, ; xícara de água e um pouquinho de gergelim. Mexa por uns 10 minutos até cozinhar. Reserve.</div><div style="text-align: justify">Corte a berinjela em rodelas e grelhe em uma chapa com um pouquinho de óleo. Deixe só até amolecer. Em seguida, corte em cubos.</div><div style="text-align: justify">Em um bowl, sobre uma cama de arroz (pode ser normal ou japonês), coloque os cogumelos e a berinjela. Acrescente 3 colheres de shoyu, o suco de 1/2 limão e uma colher de azeite. Misture e sirva frio.</div><div style="text-align: justify">Pode acrescentar salsinha e chip de batata-doce.</div><div style="text-align: justify"> </div><h3 style="text-align: justify">Serviço</h3><div style="text-align: justify">Zaki Sushi</div><div style="text-align: justify">408 Norte, Bloco E, Loja 82, Subsolo</div><div style="text-align: justify">Telefone: (61) 3347-8108 e WhatsApp: (61) 98191-4840</div><div style="text-align: justify">Abre de segunda a sábado, das 18h30 às 23h30</div><div style="text-align: justify"> </div>