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Moda sustentável faz sucesso no ID Fashion, semana de moda de Curitiba

Reaproveitamento de materiais e até peças de coleções passadas com uma nova roupagem. Semana fashion de Curitiba mostrou a importância de respeitar a natureza

Ailim Cabral
postado em 14/10/2018 08:00

As 19 marcas paranaenses que participaram da quarta edição do ID Fashion, em Curitiba, trouxeram um ar de frescor à moda. O evento, que abre a temporada das principais semanas fashion do Brasil, teve como lema o Mundo híbrido. E a temática foi incorporada pelas marcas, que apresentaram coleções com contrastes e propostas que se adéquam a uma moda mais sustentável e conectada com o mundo em que vivemos.


Uma das tendências que chamou a atenção foi o upcycling. A proposta significa a reciclagem e a transformação de antigas peças em novos artigos, tão ricos e elegantes quanto o primeiro. A Transmuta, uma das grifes apresentadas no Catwalk New Id, iniciativa que leva as estreantes para a passarela, é uma das que apostam no reaproveitamento de peças e materiais.

Outras tendências que apareceram e se destacaram no quarto ID Fashion foram peças com muita cor e cheias de personalidade. A cada temporada, a moda se torna mais livre e permite que cada indivíduo se comunique por meio do que veste.

Sobras repaginadas

Misturando modelagem oversized e esportiva com silhueta sexy e sofisticada, foi criado um clima de despojado chique, acentuado pelos tênis. Todas as peças foram feitas a partir de roupas descartadas ou resgatadas em brechós. Os bordados e aviamentos de qualidade ajudam a dar nova cara às criações da Transmuta.

Transmuta

Tudo se transforma

A Milho Guerreiro foi outra das marcas que trabalharam com o conceito da moda sustentável. As peças exclusivas são criadas com o mínimo descarte possível de tecido e com a reutilização de sobras e retalhos. Trabalhando tecidos como viscose, renda, algodão e malha, traz ar de leveza, muito conforto e contato com o meio ambiente na coleção inspirada nas ervas da natureza.

Milho Guerreiro

Conforto com responsabilidade

A força da moda sustentável, que se adequá às demandas da natureza e reaproveita os seus resíduos em vez de descartá-los no meio ambiente, só aumenta. Representando ao máximo o conforto e inspirada no estilo de vida dinâmico, a Leveza do Ser trabalhou modelagens amplas e com silhuetas soltas, cheias de sobreposições modernas. Dentro da filosofia do reaproveitamento, foram usadas peças de coleções anteriores repaginadas.

Leveza do Ser

O poder da fábula

Com coleção inspirada em uma fábula na qual um homem chinês sonha ser uma borboleta e acorda com uma questão filosófica sobre quem é, o Vale da Seda veio com conceitos imateriais e etéreos. As peças são leves e cheias de movimento. A sustentabilidade é um dos fios condutores da da marca, que trabalha com a técnica zero waste, que significa sem desperdício. As peças são criadas com encaixes que não geram retalhos.

Vale da Seda

Herança africana

A angolana Soraya da Piedade estudou moda em Curitiba e viu sua marca homônima nascer na capital paranaense. Atualmente, vive na ponte aérea entre os dois países e resolveu honrar sua mistura cultural na coleção que apresentou no ID Fashion. As peças surpreenderam o público. A alfaiataria sofisticada e a modelagem que traz um quê de moda francesa foram misturadas à alegria e às cores intensas das estampas étnicas.

Soraya da Piedade

Bolsas em alta

Elyane Fiuza chamou a atenção com suas bolsas e acessórios. Com uma proposta de atender homens e mulheres de diferentes estilos e em ocasiões diversas, a marca trouxe cores fortes, como o vermelho e o preto, aliados a materiais nobres, como couro e metais. Algumas das peças receberam ainda estampas com obras de artistas paranaenses. Os tamanhos e modelos variados prometem agradar a diferentes tipos de público.

Elyane Fiuza

Cores fortes

O vermelho fez muito sucesso nas passarelas do Id Fashion, bem como a mistura entre cores fortes, criando um contraste intenso.
A Recco (esq.) investiu no vermelho, a Yski foi uma das marcas que apostou na intensidade e na mistura de cores fortes (centro), e a a Empatize (dir.) preferiu a mistura de tons parecidos

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