São Paulo ; Na quarta-feira (24), Gloria Coelho usou novamente o teatro da Fundação Armando Álvares Penteado para apresentar o seu inverno 2019. Lino Villaventura se manteve no Arca, espaço principal do São Paulo Fashion Week, para exibir o seu verão. Aclamados, ambos se reinventam a cada temporada sem perder a identidade.
Túnel do tempo
Gloria Coelho passeou por diversas décadas ; de 1960 a 2000 ; até chegar aos tempos atuais. Toda essa viagem é para retratar o desejo de moda para os dias de hoje. Por meio de símbolos sutis, a estilista transportou várias décadas até o futuro ; ou presente ; com sua moda autoral e atemporal.
A estilista preferiu códigos simples nas modelagens e shapes para falar desde a mulher romântica à ousada. "Falamos de todas as meninas que existem", reforçou Gloria.
Entre o branco e o preto sempre presentes, a estilista incluiu estampas florais (que casaram com a cenografia) e manteve o peso nos pés ; sapatos pesados, de tênis moderninhos a botas western.
40 anos de moda
Lino Villaventura continua a comemorar seus 40 anos de carreira com sua imaginação infindável. Após uma coleção escura e superdramática, ele traz um pouco mais de leveza ao seu verão por meio de memórias e cores. A paleta, ele justifica: "Nos tempos de agora, em que vivemos momentos complicados e difíceis, precisamos disso."
O primeiro vestido a entrar na passarela, segundo o estilista, guarda um simbolismo das quatro décadas: cada pedaço bordado na peça veio de um trabalho dele durante a carreira.
Lino reconhece sua autenticidade ao criar. "É muito específico o meu trabalho, e eu sou muito obcecado com certas coisas que fazem disso minha marca", declara. A textura, os bordados e a modelagem são facilmente identificáveis quando se trata de Villaventura.
Musa inspiradora? Ele revela que não tem nenhuma. "Não me inspiro em ninguém. A questão é pensar na essência feminina, que é importante no meu trabalho."