postado em 26/05/2019 04:10
Florence Mourão de Oliveira, 55 anos, ainda não chegou à terceira idade, mas já se prepara para manter o ritmo de aventuras sem deixar a idade segurá-la. A professora conta que não tem preferência por viajar sozinha ou acompanhada, mas afirma que a possível falta de companhia não é obstáculo para que ela saia por aí desbravando continentes.
A primeira viagem sozinha foi em 2009, para a Bolívia. Florence viajaria com uma amiga, que ficou doente. No início, até pensou em desistir. ;Passou muita coisa pela minha cabeça, o medo de estar em um país que não era o meu sozinha, sem dominar a língua;, lembra. No entanto, a vontade de conhecer um novo lugar venceu.
Apesar do medo que pode acompanhar uma aventura e da barreira do idioma, o que mais a assusta, ela enxerga a liberdade e o fato de poder fazer o que quer como grandes vantagens das viagens solo. Poder acordar e dormir na hora que preferir, decidir sozinha em quais passeios ir e não se incomodar com ninguém são pontos positivos para ela.
;Eu aprendi que não posso deixar ninguém me segurar, e não posso deixar de realizar um sonho só porque, às vezes, não vou ter companhia;, conta. Florence ama viajar sozinha, mas afirma que se alguém quiser acompanhá-la, como a irmã, a filha ou as amigas, será muito bem-vindo.
Entre os destinos que curtiu solo, além da Bolívia, estão Ouro Preto, diversas cidades da Paraíba, Rio de Janeiro, Canela e um cruzeiro pela costa brasileira. ;Eu faço amizade muito rápido, sou comunicativa e já me enturmo.;
Hábito adquirido
A professora conta que a família não tinha o hábito de viajar. Foi somente aos 18 anos que ela se encantou por esse modo de vida e nunca mais ficou sem cruzar fronteiras. Tudo começou com acampamentos e excursões. Recentemente, Florence viajou quase 10 mil km para conhecer as pirâmides egípcias.
Sobre possíveis obstáculos vindos com a idade, ela conta não se preocupar, e até vê vantagens em viajar quando se está mais velha: ;Você perde a vergonha e aproveita muito mais;. Segundo a professora, o jovem se importa muito se vai mostrar um lado feio, desajeitado ou qualquer insegurança, como admitir que não sabe ou não conhece algo.
Com o passar dos anos, Florence acha que essas coisas perdem a importância e as pessoas se tornam mais autênticas, sem medo de curtir. ;É para escorregar? Vamos escorregar. É para cair? Vamos também. O importante é aproveitar de tudo enquanto podemos.;