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Jardins suspensos

Ótima opção para quem deseja uma área verde interna, as plantas fixadas ao teto acrescentam aconchego e verde ao ambiente

postado em 16/06/2019 04:22
Ótima opção para quem deseja uma área verde interna, as plantas fixadas ao teto acrescentam aconchego e verde ao ambiente
Não é todo mundo que tem a sorte de ter um quintal grande para cultivar plantas. Mas isso não quer dizer que não é possível desfrutar do verde dentro de casa. Cada vez mais adotados, principalmente em apartamentos, os jardins suspensos vêm se mostrando uma ótima opção para locais fechados.

De pequeno a extravagante, esse tipo de plantação usa o teto como principal apoio. Com isso, além de não comprometerem o espaço, as plantas proporcionam um visual exótico e aconchegante, além de trazer benefícios como a purificação do ar e o auxílio na diminuição do estresse.

Na hora de montar um jardim suspenso, é necessário ter um conhecimento mínimo sobre plantas ou recorrer a um profissional que auxilie no processo, como explica o arquiteto Pedro Henrique Ferreira. ;Existem diversos componentes, como terra, mantas e estruturas, que demandam conhecimento técnico de um paisagista, assim como as espécies que serão usadas. Nem todos os tipos de planta se dão bem juntas, e possuem cuidados diferentes, pois estão em ambientes internos;, explica.

Samambaias e outras espécies que não precisam de tanta manutenção são as ideais. Entre as mais adotadas estão ainda orquídeas, pequenas árvores (bonsai) e arranjos kokedama ; plantas perenes de raízes não profundas e meia sombra. Além de sempre ter a opção de usar os tipos artificiais.

Quanto à estrutura, ela pode ir desde as mais elaboradas, com a utilização de ferro e madeira, até as feitas com materiais simples e recicláveis, com cano PVC e fios de ferro fixados ao teto.

O designer de interiores Allan Oliveira explica que esse tipo de jardim pode ser adotado em todos os cômodos da casa, como banheiro, sala e cozinha. ;É importante que o local escolhido tenha uma entrada de luz. Caso não seja possível, a alternativa é optar por plantas que se desenvolvem em ambientes com pouca luminosidade, a exemplo de suculentas, comumente colocadas em banheiros.;

Apesar de serem mais fáceis de colocar em espaços de teto alto, é possível adotar esse tipo de jardim em casas e apartamentos mais baixos. ;Nesses casos, recomendamos o uso do musgo moss preservado. Apesar de natural, é um material que não tem uma espessura muito larga e pode ser aplicado no teto. Por se tratar basicamente de uma manta, não precisa de rega ou qualquer outro tipo de manutenção.;

*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte


Nos projetos de Letícia Bononi e Fernanda Alcântara, o jardim suspenso foi elaborado na área integrada cozinha/churrasqueira. Foi utilizando a espécie trepadeira sapatinho de judia (Thunbergia mysorensis), tipo de vegetação que acrescenta tropicalidade ao ambiente, aliada à sensação de acolhimento e bem-estar. A montagem desse tipo de jardim em salas de jantar cria um ambiente mais romântico.


Mesmo com pouco espaço, a arquiteta cearense Ângela Cambraia projetou um espaço que une praticidade e conforto. A disposição das samambaias, em uma estrutura simples, cria pontos de verde na decoração.


Neste espaço idealizado por Letícia Bononi e Fernanda Alcântara, foi criado um jardim suspenso de jiboias (Epipremnum pinnatum), vegetação bastante ornamental e resistente a ambientes internos, onde não existe muita luminosidade nem ventilação. As plantas estão em jardineiras projetadas sob medida para uma estante. Estudos comprovam que o verde diminui o estresse, aumenta a produtividade e a criatividade, além de limpar o lugar. Em ambientes comerciais, essas soluções de vegetações rústicas com baixa manutenção são ideais.


Para aqueles que não dispõem de muito tempo para cuidar das plantas ou dispensam um profissional para pensar um jardim suspenso mais elaborado, o designer de interiores Roger Evangelista explica que a saída pode ser optar por terrários ou espécies que podem viver em vasos sem precisar de muitos cuidados. A primeira opção são globos com a planta hera, que necessita apenas de uma entrada de luminosidade e troca de água a cada dois ou três meses. E a segunda são as kokedamas, técnica japonesa que elimina a necessidade de vasos e também pode ser feita como plantas frutíferas.


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