postado em 30/06/2019 04:25
Será que é cedo?
Que ninguém se surpreenda com as aparições do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), cada vez mais proeminente nas altas rodas do Congresso Nacional. O parlamentar paraibano é citado como uma possibilidade viável para concorrer à Presidência da Câmara, hoje ocupada por Rodrigo Maia (DEM-RJ) ; cujo mandato vai até 2021.
Planejamento
Há quem diga que ainda é cedo para articular questões assim. Mas quem defende o deputado lembra que Jair Bolsonaro se lançou à Presidência da República quatro anos antes de concorrer de fato. Deu no que deu: Bolsonaro eleito.
Gabarito
Líder do PP na Casa, Aguinaldo também ocupa cadeira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Nas horas vagas, canta e toca violão. Citado na Operção Lava-Jato e à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), é visto como um dos melhores anfitriões da cidade. Agora, seus eventos contam com cada vez mais aliados e entusiastas dessa ideia.
Ministro brasiliense
Embora tenha nascido no Rio de Janeiro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco, declarou à coluna seu amor pela capital. ;Posso dizer que sou de Brasília. Eu me mudei para cá aos 10 anos, vivi na Asa Norte e estudei no Colégio Militar. Falo com certeza: a cidade me proporcionou tudo, tanto em termos profissionais quanto pessoais.; Conhecido pelos mais íntimos como Jorginho, hoje mora no Lago Norte.
Climão
O ninho tucano pode acabar prejudicado pela insistência do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) em retirar o Fundo de Amparo ao Trabalhador do BNDES. O relator da Previdência quer que o dinheiro do FAT vá para o pagamento de aposentadorias. A oposição está pronta para dizer que a mudança reflete a essência reticente dos peessedebistas e acusá-los de tentar namorar o Planalto.
Fake news
Rola por aí uma mensagem dizendo que a Câmara vai gastar R$ 3 milhões com serviços de engraxataria para parlamentares e servidores. É mentira. Mas é verdade que a Casa desembolsou R$ 445 milhões em contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF) para pagar o plano de saúde da turma, vigente até 2022.
Moro, herói de Bolsonaro
No gabinete do presidente da República, Jair Bolsonaro, o comentário é que o bom desempenho do ministro da Justiça, Sérgio Moro, na audiência pública convocada pelo Senado Federal, vai ;diminuir a bola dos parlamentares; ; que esperam uma visita de Moro na Câmara dos Deputados. O presidente chegou a ligar para deputados e senadores reclamando da quantidade de ministros da Esplanada chamados ao Congresso para prestar esclarecimentos. Com Moro, foram quatro. Paulo Guedes, da Economia; Abraham Weintraub, da Educação; e Onyx Lorenzoni, da Casa Civil; completam o time.
Dinheiro e poder
À medida que a reforma da Previdência começa a andar, parlamentares da base tentam ressuscitar temas afins para fortalecer o projeto governista. Um deles é a nova retomada das discussões da PEC da Bengala, que antecipa a aposentadoria compulsória dos juízes para os 70 anos de idade (hoje, ocorre aos 75). Magistrados, como se sabe, têm perda salarial significativa nos rendimentos quando deixam a ativa, cerca de R$ 20 mil em benefícios. Mas resistem em deixar a toga por outro motivo: perdem o poder da caneta.
Molon vs. Jandira
A inexistência formal da ;bancada da oposição;, liderada pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), causa atritos com a líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Os dois querem comandar o grupo de parlamentares contrários ao governo, mas o excesso de comando acaba trazendo mais desgaste à desorganizada esquerda na Câmara dos Deputados.
Frustração
Eleitos na ;esteira da mudança;, deputados federais chegaram à renovada Câmara eufóricos com as possibilidades que estavam por vir. Quase seis meses após a posse, o clima é de frustração. Principalmente dos mais jovens (cerca de 20% da Câmara tem menos de 35 anos) que entendem, agora: sozinhos não têm espaço.
Sobrenome
É ainda pior para os seis congressistas com menos de 25 anos de idade (João Campos, do PSB de Pernambuco; Kim Kataguiri (DEM-SP); Luiza Canziani (PTB-PR); Enrico Misasi (PR-SP), Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT) e Tabata Amaral, do PDT de São Paulo) ; todos de primeiro mandato. ;O sucesso do trabalho dependerá mais das articulações que dos sobrenomes ou dos canais de YouTube;, alfineta um cacique da velha política.
Curiosidade
Líder do PRB, o senador Mecias de Jesus (RR) explicou à coluna que o nome da certidão de nascimento se deve à resistência do cartorário em registrá-lo como Messias. ;Na hora que meu pai pediu o nome, disseram lá que ;Messias, o Salvador;, era o único que poderia usar essa grafia bíblica;. Ficou, então, Mecias.
Segredinhos...
Tem, mas acabou
Esgotou-se quase instantaneamente na loja de Brasília a camiseta da grife Sérgio K. com a frase ;In Moro we trust;. A referência foi uma brincadeira com frase semelhante ; ;In Fux we trust; ; disparada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, em conversas que vazaram na imprensa.
Há vagas
Após receber pedidos de emprego nas redes sociais, a primeira-dama do DF, Mayara Albuquerque, comprometeu-se a mostrar vagas oferecidas pela Agência do Trabalhador no seu perfil do Instagram. Inusitado, né?
Ataques
A expectativa de novos vazamentos envolvendo o primeiro escalão do governo Bolsonaro fez com que o senador Esperidião Amin (PP-SC) incitasse o que ele chamou de ;guerra cibernética;. O termo será usado em campanhas para enfraquecer novos ataques a políticos.
Gourmet
Para encontrar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, sem cumprir os protocolos da Corte, é só frequentar o tradicional restaurante Francisco, na Asbac. É fã de bacalhau e vinhos com ótimo custo-benefício...