postado em 14/07/2019 04:30
Se o exagero foi a palavra de ordem na temporada de primavera da Semana de Alta-Costura de Paris, o inverno 2020 veio carregado de leveza. Nas coleções, a força do feminino foi envolvida por fluidez, sem deixar de lado o poder e a informação de moda. Ainda que reduzida a um público seleto, as tendências apresentadas na última temporada ; que movimentou a capital francesa entre 30 de junho e 4 de julho ; podem, sim, ser adaptadas ao guarda-roupa da mulher moderna.
O desabrochar das plumas do desfile da Givenchy, o futurismo óptico de Iris Van Herpen e a suntuosa biblioteca circular no Grand Palais ; criada como locação para o desfile de estreia de Virginie Viard para a Chanel ; representaram a importância da criatividade, da atenção aos detalhes e das vastas horas de produção que envolvem essa vertente da moda. Confira os destaques da semana de moda mais exclusiva e luxosa do mundo.
*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte
Inverno colorido
Nem só de cores neutras vive o inverno ; e os designers da alta-costura sabem muito bem disso. A paleta que marcou as passarelas trouxe os tons pastéis e o vermelho como destaques. O tradicional preto também marcou presença nas coleções da Armani Privé ; que ganhou jovialidade e um toque de descontração com os poás ; e da Dior, que pode ser descrita como uma construção de textura, silhueta e detalhes muito além da escolha de cores da diretora criativa Maria Grazia Chiuri.
A combinação vermelho e pink já foi adotada ao street-style e é um truque fashion facilmente aplicável das passarelas para o cotidiano.
Os blocos de cores ; tendência em alta nas passarelas mundo afora ; marcaram o desfile de Pierpaolo Piccioli, para a Valentino. No casaco, como não poderiam faltar, as plumas.
Além dos poás, grandes destaques da coleção de Giorgio Armani, os tons pastéis garantiram a fantasia e trouxeram frescor entre os dois blocos de looks pretos que abriram e encerraram o desfile.
Alfaiataria e transparência dialogam graciosamente na coleção da Armani Privé
Na sua releitura do balonê, Giambattista Valli investiu em tons pastéis para criar uma coleção mais leve e como o próprio designer define: ;um momento de paz;.
Durante o desfile da maison britânica Ralph and Russo, os tons pastéis foram elemento de transição para as produções mais coloridas