Silvana Sousa*
postado em 19/08/2019 15:11
Já passou o tempo em que a cozinha era o lugar branco e sem graça da casa. Com novos materiais à disposição ; que aliam funcionalidade e design ;, o espaço tem ganhado cores e, sobretudo, personalidade.
A arquiteta Denise Barreto tem notando o crescente apelo por cores na cozinha, e atribui essa mudança à ressignificação do ambiente, que deixou de ser um local apenas para cozinhar. ;As pessoas criam memórias ali, tem uma questão de afeto. É um local para reunir a família, para confraternizar. Por isso, o desejo de dar vida a esse ambiente, na maioria das vezes, é saciado com cores quentes, que trazem essa sensação de conforto e afago;, explica.
Mas não necessariamente a opção é pelas cores chamativas. Existe hoje no mercado uma gama de tons que pode agradar a todo os tipos de proprietários. Para os mais discretos, azul-petróleo, verde-musgo ou amarelo-claro são os mais recomendados. Nesse momento, é bom ter a ajuda de um profissional na escolha do tom certo para dar a rejuvenescida que o ambiente pede.
Os mais receptivos às tonalidades vibrantes também devem ter cautela. O arquiteto Renato Andrade explica que é preciso cuidado para não exagerar. ;Quando falamos de cor, independentemente do ambiente, é recomendado o equilíbrio. Está liberado colocar um tom mais chamativo, porém sempre com detalhes em madeira, por exemplo, ou algo que consiga dar um descanso aos olhos para que não pese o ambiente;, orienta.
Para aqueles que ainda têm receio, a aplicação de um revestimento mais trabalhado pode ser um ótimo começo. ;Assim, a cozinha terá um toque colorido, só que em um formato mais light. Ainda vai ser uma intervenção de estilo no cômodo, só que sem maiores riscos de não gostar;, explica o arquiteto.
Se a pintura das paredes ; que requer tinta epóxi, específica para áreas com umidade ; ou a troca de revestimento não forem viáveis para o proprietário, personalizar os móveis pode ser a saída. ;É uma intervenção menor e que, em uma situação em que você canse da cor, pode ser facilmente trocada;, ensina Denise Barreto.
*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte