postado em 15/09/2019 04:09
O homem chega aos 50 anos, e uma bateria de exames é recomendada. Especialmente, o de toque retal e o de PSA ; o antígeno prostático específico ;, que indica quanto dessa molécula está sendo liberado pela próstata. Quando o índice é mais alto que o desejado, é preciso investigar com biópsia e ressonância.
Para o médico uro-oncologista Murilo Luz, a prevenção é mesmo a melhor estratégia. Hoje, o avanço nessas formas de detecção precoce do câncer de próstata ; doença, muitas vezes, de evolução silenciosa ; aumenta a possibilidade de cura em mais de 90% e dá a chance de uma vida mais tranquila ao paciente.
Os cuidados não são à toa. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o tumor de próstata é o segundo mais comum entre os homens. O tratamento tem avançado, mas nem sempre é simples. ;A cirurgia pode causar efeitos colaterais, como impotência e incontinência. Já a radioterapia pode gerar inflamação do reto, o que é chamado de retite, e da bexiga;, explica o médico oncologista Fernando Maluf.
A boa notícia é que uma forma avançada da doença ; o câncer de próstata não metastático resistente à castração ; vem ganhando um novo método. Imagine um paciente que mesmo com tratamento hormonal vê o câncer progredir com chances de a doença se espalhar. Uma droga chamada darolutamida tem feito com que pacientes com câncer de próstata desse tipo levem quase quatro anos para desenvolver metástase. ;Nesse caso, o objetivo não é a cura, mas prolongar a sobrevida desses pacientes e diminuir os efeitos adversos;, sustenta Murilo.
*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte