postado em 29/09/2019 04:19
A luta de uma mulher para manter a união familiar perante as dificuldades e diante de sonhos distintos entre o marido e os quatro filhos está de volta a partir de amanhã. Éramos seis chega à quinta versão para a televisão, a primeira na Globo, onde ocupará a faixa das 18h. Desta vez, a produção terá texto de Ângela Chaves e direção artística de Carlos Araújo. A base de Ângela será a novela de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, exibida em 1977 na Record, que, por sua vez, buscou inspiração no livro de Maria José Dupré, lançado em 1943.
À frente do elenco está Gloria Pires, que viverá dona Lola, personagem já vivida por nomes como Irene Ravache e Nicette Bruno em versões anteriores. Já se sabe, porém, que a protagonista virá modernizada, com ideias precursoras para as décadas de 1920 a 1940, atravessadas por Éramos seis. Dona Lola é casada com Júlio Lemos (Antonio Calloni) e mãe de Carlos (Xande Valois/ Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/ Nicolas Prattes) Isabel (Maju Lima/ Giullia Buscacio) e Julinho (Davi de Oliveira/ André Luiz Frambach).
Para Flávio Ricco, autor do livro Biografia da televisão brasileira ao lado de José Armando Vannucci, a volta de Éramos seis é natural no caso de clássicos. ;Isso acontece também no cinema. Você vê grandes filmes sendo refeitos sem problemas. Há uma troca de público. Tem gente que não viu nenhuma versão. E, agora, na Globo, a novela vai ganhar em tecnologia e estrutura;, afirma Ricco, em entrevista ao Correio.
Segundo ele, a Globo reconhece a importância da novela ao escalar ;o que há de melhor; do elenco da casa, com nomes como Gloria Pires, Susana Vieira, Cássio Gabus Mendes, Caco Ciocler, Werner Schünemann, Stepan Nercessian, Ricardo Pereira e outros. ;Fora que a novela é boa. Foi um baita sucesso na TV Tupi. A montagem do SBT é histórica, um dos maiores sucessos da dramaturgia da emissora;, completa Ricco.
Apesar de a Globo apostar num remake, Flávio não acha que isso sinaliza uma crise criativa em autores de novelas. ;Não acho que tenha crise. Se você olhar, a Globo já tem definida a lista de autores de novelas e minisséries de todos os horários até 2023, e esse é o único remake. Os outros são trabalhos originais;, justifica.
A trama
Éramos seis é uma saga familiar que atravessa cerca de 30 anos. O fio condutor é dona Lola e o amor dela pela família. Mesmo passando por dificuldades financeiras, ela tem que manter o marido e os filhos unidos. Lola e o marido têm quatro filhos: Carlos é o grande orgulho dos pais; Alfredo, porém, vive causando problemas com os irmãos e com os vizinhos; Isabel é o grande xodó do pai; e Julinho é o único que tem habilidade para lidar com dinheiro, o que pode ser muito importante para o clã.
Dona Lola conta com a ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa) para criar os meninos e com a amizade de Afonso (Cássio Gabus Mendes), dono do armazém de quem compra fiado, da amargurada e misteriosa Shirley (Barbara Reis) e da vizinha fofoqueira Genu (Kelzy Ecard).
A vida financeira de Lola e Julio poderia ser mais confortável se ela contasse com a ajuda da tia, Emília (Susana Vieira). A mulher é rica e tem uma vida confortável, mas não se dá bem com Lola e vive solitária e amargurada por causa de transtornos mentais da filha, Justina (Julia Stockler), de quem ela morre de vergonha.
*Colaborou Hannah Sombra (estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader)
Povo fala
Você gosta de remakes?
;Não gosto muito de remakes. Gosto que as novelas sejam exibidas do jeito que passaram a primeira vez, como A gata comeu. Mesmo assim vou assistir à nova versão da novela das seis;
Sueli dos Santos Fontanelli, 43 anos, manicure
;Eu vou assistir à nova novela das seis. Acredito que será um novo drama familiar e é claro que eu vou assistir. Não vou perder, não;
José Eugênio da Silva, 50 anos, pedreiro
;Eu amo reprises e remakes, tanto que assisto ao Viva. Eu sei que a Éramos seis passou há alguns anos. Essa novela vai ser maravilhosa, logo com a Gloria Pires, vai ser um amor;
Maria de Fátima Conceição Silva, 44 anos, desempregada
;Eu gosto de reprises, porque tem novelas que são boas, que a gente sente saudade de ver de novo. Já assisti a Éramos seis. Apesar de a novela ser boa, pode mudar um pouquinho e quando começar é que vamos poder saber se era muito melhor do jeito que estava antes, ou então se melhorou. É sempre assim;
Rita de Cássia de Aquino (foto), 50 anos, vendedora ambulante